Incubadoras das Universidades Federais: uma análise dos editais de seleção de empresas
DOI :
https://doi.org/10.21527/2237-6453.2023.59.12188Mots-clés :
Inovação; Hélice Tríplice; Incubadoras de empresasRésumé
O presente artigo tem como objetivo analisar os pontos comuns dos editais de incubação de base tecnológica das universidades federais brasileiras. A fim de se alcançar o objetivo proposto, foi realizada uma pesquisa descritiva e exploratória. A obtenção dos dados foi feita mediante a análise documental dos editais disponíveis nos sites eletrônicos das instituições analisadas. Constatou-se que as instituições federais de Ensino Superior são um importante agente de desenvolvimento no Brasil, pois abrigam um terço das incubadoras existentes no país. O processo de seleção e elegibilidade para a incubação evidencia o interesse em projetos de inovação e de base tecnológica, e possuem a finalidade de criar e desenvolver as organizações com o auxílio da incubação. O tempo de incubação varia de 6 a 60 meses, com a taxa mensal de incubação variando de R$ 75,00 a R$ 1.890,00. Os serviços ofertados estão direcionados à disponibilização de estrutura física da instituição e apoio técnico relacionado às atividades de gestão.
Références
ANPROTEC. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. Estudo, análise e proposições sobre as incubadoras de empresas no Brasil – relatório técnico. 2012. p. 1-24.
ANPROTEC. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. Mapeamento dos mecanismos de geração de empreendimentos inovadores no Brasil. 2019. p. 1-63.
ARANHA, J. A. S. Modelo de gestão para incubadora de empresas: implementação do modelo de gestão para incubadora de empresas. Rio de Janeiro: Rede de Incubadoras do Rio de Janeiro – ReINC, 2002.
BAG, S.; GUPTA, S.; TELUKDARIE, A. Importance of Innovation and Flexibility in Configuring Supply Network Sustainability. Benchmarking: An International Journal, v. 25, p. 3.951-3.985, 2018.
BERGEK, A.; NORRMAN, C. Incubator best practice: A framework. Technovation, v. 28, p. 20-28, 2008.
BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.
BIZZOTTO, C. E. N. The incubation process. Blumenau, SC: Gene Institute infoDev Incubator Support, 2003. p. 1-45.
BRASIL. Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016. Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação [...]. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13243.htm. Acesso em: 9 jan. 2021.
COELHO, D. B. et al. Os desafios da gestão na incubação de empresas: o caso das Incubadoras de Base Tecnológica (IBT) do Estado de São Paulo. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRACÃO, 17., 2014, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: USP, 2014. p. 1-17.
DEE, J. et al. Incubation for Growth: A review of the impact of business incubation on new ventures with high growth potential. London: Nesta, 2011. p. 1-54.
DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São Paulo: Cengage Learning, 2016.
ETZKOWITZ, H. Incubation of incubators: innovation as a triple helix of university-industry-government networks. Science and Public Policy, v. 29, p. 115-128, 2002.
ETZKOWITZ, H.; LEYDESDORFF, L. The triple helix-university-industry-government relations: a laboratory for knowledge based economic development. EASST Review, v. 14, n. 1, p. 14-19, 1995.
ETZKOWITZ, H.; ZHOU, C. Hélice tríplice: inovação e empreendedorismo universidade-indústria-governo. Estudos Avançados, v. 31, p. 23-48, 2017.
FINEP. Financiadora de Inovação e Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, 2015. Disponível em: http://www.finep.gov.br/component/content/article/52-biblioteca/glossario/4849-glossario. Acesso em: 18 jan. 2021.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
GILLOTTI, T.; ZIEGELBAUER, R. Seven Components of a Successful Business Incubator. Let’s Talk Business, University of Wisconsin-Extension, n. 119, p. 1-2, 2006.
GODEIRO, P. D. O. et al. Application of importance and performance matrix to assess the quality of services provided by business incubators. Revista de Empreendedorismo em Gestão de Pequenas Empresas, v. 7, n. 3, p. 1-29, 2018.
HACKETT, S. M.; DILTS, D. M. A Systematic Review of Business Incubation. Journal of Technology Transfer, v. 29, p. 55-82, 2004.
HIRA, A. Mapping out the Triple Helix: how institutional coordination for competitiveness is achieved in the global wine industry. Prometheus: Critical Studies in Innovation, v. 31, n. 4, p. 271-303, 2014.
IACONO, A.; NAGANO, M. S. Gestão da inovação em empresas nascentes de base tecnológica: evidências em uma incubadora de empresas no Brasil. Interciência, v. 39, n. 5, p. 296-306, 2014.
INBIA. Internacional Business Innovation Association. Operational Definitions: Entrepreneurship Centers (Incubators, Accelerators, Coworking Spaces and Other Entrepreneurial Support Organizations), set. 2017. p. 1-4. Disponível em: https://inbia.org/wp-content/uploads/2016/09/InBIA-Industry-Terms.pdf?x84587. Acesso em: 6 jan. 2021.
JIA, Y.; ZHOU, C.; ETZKOWITZ, H. Nine-Quadrants of the “Endless Frontier”: Triple Helix Technological Innovation Systems. Palo Alto, Califórnia: International Triple Helix Institute, 2016. Corpus ID: 145819221.
LALKAKA, R. Business incubators in developing countries: characteristics and performance. International Journal of Entrepreneurship and Innovation Management, v. 3, n. 1-2, p. 31-55, 2003.
LUMPKIN, J. R.; IRELAND, R. D. Screening Practices of New Business Incubators: The Evaluation of Critical Success Factors. American Journal of Small Business, v. 12, n. 4, p. 59-81, 1988.
MANSANO, F. H.; PEREIRA, M. F. Business incubators as support mechanisms for the economic development: case of Maringá's technology incubator. International Journal of Innovation, v. 4, n. 1, p. 23-32, 2016.
MARTINS, G. S. et al. A interação universidade/empresa nas Incubadoras de Empresas de Base. In: SIMPÓSIO DE GESTÃO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, 24., 2006, Gramado. Anais [...]. Gramado: ANPAD, 2006. p. 1-14.
MCADAM, M.; MCADAM, R. High tech start-ups in University Science Park incubators: The relationship between the start-up’s lifecycle progression and use of the incubator’s resources. Technovation, v. 28, n. 5, p. 277-290, 2008.
MCTI. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Incubadoras de Empresas. 2017. Disponível em: https://antigo.mctic.gov.br/mctic/opencms/inovacao/paginas/ambientes_de_ inovacao/Incubadoras_de_Empresas.html?searchRef=incubadoras&tipoBusca=expressaoExata. Acesso em: 18 jan. 2021.
MIAN, S.; LAMINE, W.; FAYOLLE, A. Technology Business Incubation: An overview of the state of knowledge. Technovation, v. 50, p. 1-12, 2016.
MIKKELSEN, O. S.; JOHNSEN, T. E. Purchasing involvement in technologically uncertain new product development projects: Challenges and implications. Journal of Purchasing and Supply Management, v. 25, n. 3, p. 1-12, 2019.
PHILLIPS, R. G. Technology business incubators: how effective as technology transfer mechanisms? Technology in Society, v. 24, n. 3, p. 299-316, 2002.
PIQUE, J. M.; BERBEGAL-MIRABENT, J.; ETZKOWITZ, H. Triple Helix and the evolution of ecosystems of innovation: the case of Silicon Valley. A Journal of University-Industry, Government Innovation and Entrepreneurship, v. 5, n. 11, p. 1-21, 2018.
PORTER, M. E. The Competitive Advantage of Nations. Londres: Macmillan, 1990.
RAUPP, F. M.; BEUREN, I. M. Perfil do suporte oferecido pelas incubadoras brasileiras às empresas incubadas. Revista Eletrônica de Administração, v. 17, n. 2, p. 330-359, 2011.
RIBEIRO, A. R. B. et al. Fatores que contribuem para o sucesso de empresas de base tecnológica: um estudo multicasos em incubadoras de Pernambuco. Revista Eletrônica de Estratégia e Negócios, v. 9, n. 2, p. 208-233, 2016.
ROBBINS, P.; O’GORMAN, C. Innovating the innovation process: an organizational experiment in global pharma pursuing radical innovation. R&D Management, v. 45, n. 1, p. 76-93, 2014.
SCHUMPETER, J. A. Capitalismo, socialismo e democracia. São Paulo: Unesp, 2017.
SERRA, B. P. D. C. et al. Fatores fundamentais para o desempenho de incubadoras de base tecnológica. Revista de Administração e Inovação, v. 8, n. 1, p. 221-247, 2011.
SILVA, S. A.; BAÊTA, A. M. C.; OLIVEIRA, J. L. D. Por que analisar a gestão das incubadoras de empresas de base tecnológica sob a ótica da resource-based view? Revista Eletrônica de Administração, v. 22, n. 3, p. 462-493, 2016.
SMILOR, R. W. Managing the Incubator System: Critical Success Factors to Accelerate New Company Development. IEEE Transactions on Engineering Management, v. 34, n. 3, p. 146-155, 1987.
SOUSA, C. D. et al. Parques tecnológicos e incubadoras: uma análise do processo de pré-incubação de empresas de base tecnológica. Interciência, v. 42, n. 5, p. 313-319, 2017.
TIDD, J.; BESSANT, J. Gestão da inovação. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
TIGRE, P. B. Gestão da inovação – a economia da tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
THOMPSON, D. L. Survey Data as Evidence in Trademark Infringement Cases. Journal of Marketing Reseach, v. 2, p. 64-73, 1965.
VILLARREAL, O.; CALVO, N. From the Triple Helix model to the Global Open Innovation model: A case study based on international cooperation for innovation in Dominican Republic. Journal of Engineering and Technology Management, v. 35, p. 71-92, 2015.
WEBSTER, B.; WALKER, B.; BURN, J. Smart business incubators: the Australian context. Perth, Austrália: Edith Cowan University, 2004. Disponível em: https://ro.ecu.edu.au/cgi/viewcontent.cgi?article=8059&context=ecuworks. Acesso em: 10 fev. 2023.
ZHENG, C. et al. From digital to sustainable: A scientometric review of smart city literature between 1990 and 2019. Journal of Cleaner Production, v. 258, p. 1-17, 2020.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Desenvolvimento em Questão 2023
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).