EDITORIAL Sobre Ensino e Formação Docente
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2015.96.1-3Resumo
A Revista Contexto & Educação, em seu número 96, dedica-se à discussão dos temas sobre o ensino em seus diferentes campos e a formação docente em suas questões de caráter teórico-metodológico. Esta publicação é composta por nove artigos e apresenta temas atinentes à educação ambiental, ensino da música, a arte de escrever, currículo de cursos on-line, a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão, metodologia de ensino, educação física, epistemologia e sociologia da educação.
No artigo A arte de escrever e orientar um texto: enfrentando os dois flagelos da alma humana: as armadilhas do desejo e a presunção da verdade, Lúcia Schneider Hardt discute a função da orientação em um curso de mestrado considerando o campo da Filosofia da Educação. Indica e descreve o processo formativo dos sujeitos que se encontram em função de desejos semelhantes, que é conseguirem o grau de mestre e como isso repercute nas interações e produções efetivadas.
Considerando as exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que preconiza a Arte como componente curricular obrigatório nas escolas, Cristhian Moreira Brum e Claudia Gaida, no artigo O Ensino da Música: um olhar qualitativo de ambientes de ensino-aprendizagem da música quanto ao aspecto construtivo-arquitetônico, apresentam uma reflexão sobre a qualidade dos ambientes de ensino-aprendizagem da música quanto ao aspecto construtivo-arquitetônico, nas aulas de Artes. A preocupação está nas condições acústicas das salas de aula, uma vez que a inadequação desses espaços pode desencadear problemas no processo de aprendizagem musical.
A partir de uma pesquisa realizada em 2011 com a participação de 112 alunos concluintes do ensino fundamental em uma escola da rede pública no município de Uruguaiana/RS, Edward Frederico Castro Pessano, Claudia Lisiane Azevedo Pessano, Vanderlei Folmer, Robson Luiz Puntel relatam a busca em avaliar a utilização do Rio Uruguai como tema para a promoção da educação ambiental e analisar uma estratégia pedagógica para a melhoria dos processos educacionais. Tal análise é apresentada no artigo O Rio Uruguai como tema para a Educação Ambiental no ensino fundamental.
Na sequência, o artigo intitulado Redes de conversação: virtualizações e atualizações na tessitura do Currículo de um Curso On-Line de Licenciatura em Ciências, escrito por Ivane Almeida Duvoisin e Débora Pereira Laurino, trata da investigação sobre o fluxo do linguajear e do emocionar do habitar humano emergente da rede de conversação (RP) que foi se constituindo no conversar sobre um curso On-line de Licenciatura de Ciências para elaborar o Projeto Pedagógico e o Currículo do curso. Para compreender o fenômeno foi preciso entender o processo de virtualização, ou seja, a emergência das recordações, evocações, imaginações e simulações que o linguajear e o emocionar na RP possibilitavam aos professores, enquanto atualizavam o currículo que estava em constante movimento. As autoras empregaram como marco teórico conceitos cunhados por Humberto Maturana e por Pierre Lévy, que ampliam as compreensões do processo estabelecido.
Em Ações e implicações da atuação docente no ensino superior: (im) possibilidades de (in) dissociar ensino, pesquisa e extensão, os autores Fabio Jardel Gaviraghi e Daniela Medeiros problematizam a questão do perfil dos docentes de ensino superior, que consideram parcialmente ou não consideram as atividades de pesquisa e extensão na sua atuação no ensino discutindo os conceitos de (de) formação e autonomia docente junto a algumas políticas públicas as quais orientam a atuação deste profissional no ensino superior.
O modo pelo qual o jogo pode ser pensado como saber sistematizado e epistêmico, nas aulas de Educação Física, é examinado e discutido por Glycia Melo Oliveira Silva e Iraquitan de Oliveira Caminha no artigo Epistemologia e educação física escolar: o jogo como conhecimento.
Iael de Souza, em Sociologia da Educação – as relações entre o modo de produção capitalista e os modos de educar, tece relações entre o modo de produção capitalista, os modos de educar, o mundo do trabalho e as instituições escolares, demonstrando como a sociologia da educação, a partir de uma perspectiva crítica, de totalidade social, pode corroborar para a construção da hegemonia da classe trabalhadora para além das instituições de ensino.
A autora Rosilaine Aparecida Pinto, em seu artigo Métodos de ensino e aprendizagem sob a perspectiva da Taxonomia de Bloom, analisa se os métodos de ensino utilizados por uma Instituição de Educação Superior colaboram para o alcance dos objetivos da aprendizagem propostos.
Finalizando esta edição, com o artigo A teoria e prática no “educar pela pesquisa”: análise de dissertações em educação em ciências, João Batista Harres propõe compreender como o princípio do Educar pela Pesquisa (EPP) tem sido levado à prática nas pesquisas de mestrado na área de Educação em Ciências do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da PUCRS (PPGEDUCEM).
Convidamos os leitores a compartilhar essas reflexões.
Maria Cristina Pansera Araújo
Celso José Martinazzo
Maria Simone Vione Schwengber
Solange Castro Schorn
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).