EDITORIAL CONTEXTO & EDUCAÇÃO 101 EDUCAÇÃO POPULAR, ENSINO E APRENDIZAGENS

Autores

  • Maria Cristina Pansera de Araujo Unijui
  • Celso José Martinazzo Unijui
  • Solange Schorn Unijui
  • Viviane Roncaglio Unijui

DOI:

https://doi.org/10.21527/2179-1309.2017.101.1-3

Resumo

A Revista Contexto & Educação 101 apresenta quatro artigos sobre Educação Popular, outros quatro sobre Ensino e Aprendizagens em diferentes contextos, reafirmando a preocupação histórica com estes temas, que são recorrentemente publicados, a partir de novas abordagens, compreensões e reflexões. O penúltimo artigo aborda as tecnologias educacionais e o último a questão da motivação no ensino superior.

Os autores Osmar Lottermann, Marileia Gollo de Moraes e Tarcisio Samborski, no artigo “Curso de especialização em educação de jovens e adultos: aproximações com a educação popular”, com ênfase em Educação do Campo, discutem e refletem sobre os objetivos e aproximações estabelecidos no processo desencadeado no curso. Os elementos de análise foram obtidos a partir de uma pesquisa qualitativa, exploratória e documental, em que o Edital, o Projeto Pedagógico e os Trabalhos de Conclusão foram revisitados e analisados quanto às intencionalidades e referenciais teóricos e práticos da Educação Popular.

No artigo “A gestão participativa na escola e na sala de aula: o planejamento em espaços de educação popular, Hedi Maria Luft e Diovanela Liara Schmitt analisam como os processos de participação da comunidade escolar interferem na constituição da autonomia dos sujeitos e na construção da democracia na gestão da escola, da sala de aula e no planejamento participativo em espaços de educação popular. Elas constataram que quanto maior o espaço dedicado ao planejamento participativo tanto mais se efetiva a construção de atitudes autônomas por parte dos sujeitos na sala de aula e da comunidade nos espaços populares.

A autora Cecilia Maria Ghedini, no artigo “Educação popular e referências formativas: elos que enraízam o projeto educativo da educação do campo no Brasil”, discorre sobre a relação das referências formativas da Educação Popular e a produção de um projeto educativo dos Movimentos Sociais Populares na Educação do Campo como política pública. Ainda, considera que, pelas referências formativas, produzem-se elos com as lutas que constituíram o campesinato, a educação formal e a escola pública.

As autoras Carina Alexandra Rondini e Bianca Molica Marinheiro, no artigo “Práticas educativas na escola: dialogando com os estudantes” relatam uma pesquisa-ação de enriquecimento de material pedagógico, derivado do processo de escuta de estudantes do 4º ano do Ensino Fundamental, com vistas à construção de um ambiente diferenciado em sala de aula, mediante práticas pedagógicas dinamizadoras. Como ruptura epistemológica, os estudantes percebem-se ou não coparticipantes da elaboração do processo de ensino-aprendizagem e passam a ver as ações realizadas como algo prazeroso.

No artigo “Aprendizagem significativa de conceitos botânicos em uma classe de jovens e adultos: análise dos conhecimentos prévios”, Rosalina Evangelista dos Santos e Guadalupe Edilma Licona de Macedo mostram que o ensino de ciências favorece uma maior aproximação dos alunos com as ciências, permitindo a aquisição do conhecimento científico e da exploração das novas tecnologias, para posicionar-se em relação aos processos e às inovações atuais, defendendo suas opiniões e exercendo a cidadania. Este trabalho teve como objetivo analisar o conhecimento prévio dos alunos da EJA acerca de conceitos botânicos, subsidiado pela teoria da Aprendizagem Significativa.

No artigo “Outros espaços de aprendizagem: da máscara aos saberes sobre ciências”, Alessandro Cury Soares e Rochele de Quadros Loguercio intencionam mostrar o entendimento sobre outros locais em que é possível aprender sobre ciências, sinalizando para a potência do desfile das escolas de samba (seu universo) e as aprendizagens que podem ocorrer no seu entorno, através dos monumentos encontrados.

As autoras Giséli Duarte Bastos e Everton Lüdke, no artigo “Reflexões sobre gênero no ensino de Biologia: um olhar sobre o discurso de estudantes do primeiro ano do ensino médio acerca da gravidez na adolescência”, analisam a maneira como a abordagem biológica da sexualidade, a partir dos conhecimentos sobre anatomia e fisiologia de órgãos genitais, bem como sobre a profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis, tem sido preponderante. Nesse contexto, a gravidez na adolescência passa a ser considerada como “indesejada”, reduzindo a possibilidade de diálogo para/com os jovens acerca desse fenômeno.

Os autores Ana Lúcia Langner e Lindomar Wessler Boneti, no artigo “Ação educativa para a construção da autonomia em contextos prisionais: possibilidades e limites” analisam as possibilidades e limites da realização da ação educativa em meio prisional na perspectiva da reconstrução do sujeito social para a preparação para a volta e inserção ao mundo social, indagando-se inicialmente se existe uma ação educativa específica que possibilite alcançar este objetivo, suas possibilidades e limites.

No artigo “Os objetos no ensino e o movimento de tecnologia educacional no Brasil: a importância da utilização” Rosilene Batista de Oliveira discute como a importância da utilização de objetos no ensino é construída, no âmbito do movimento de tecnologia educacional, nas décadas de 1960 e 1970, no Brasil, considerando as propostas da psicologia da aprendizagem, da teoria da comunicação e do enfoque sistêmico, teorias científicas essas que deram base ao movimento.

No artigo “Motivação no ensino superior: estratégias e desafios, Êmila Silveira de Oliveira reflete sobre a motivação no ensino superior como algo necessário a formação de indivíduos autônomos, críticos, criativos e ativos na sociedade em que vivem. Ao contrário do que pensamos, os conhecidos problemas educacionais do nosso país não estão restritos apenas à educação básica e podem ser facilmente visualizados também no ensino superior. A autora buscou compreender as principais teorias motivacionais e sua relação com a aprendizagem, conhecer o papel do professor no ensino superior e, entender a importância da atuação desse profissional no estabelecimento das estratégias de ensino e de motivação, que auxiliem o aprendizado de graduandos.

Esta diversidade de abordagens possibilita novos entendimentos sobre os diferentes temas, por isso convidamos a leitura

Biografia do Autor

Maria Cristina Pansera de Araujo, Unijui

Mestre e Doutora em Genética e Biologia Molecular, especialista em Ensino de Ciências e Biologia, e, em Educação Ambiental

Pesquisadora em Genética do Desenvolvimento e Ensino de Ciências, Biologia e Educação Ambiental

Celso José Martinazzo, Unijui

Doutor em Educação, UFRGS

Solange Schorn, Unijui

Doutoranda em Educação nas Ciências

Viviane Roncaglio, Unijui

Doutoranda em Educação nas Ciências, Unijui

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Publicado

2017-07-06

Como Citar

Pansera de Araujo, M. C., Martinazzo, C. J., Schorn, S., & Roncaglio, V. (2017). EDITORIAL CONTEXTO & EDUCAÇÃO 101 EDUCAÇÃO POPULAR, ENSINO E APRENDIZAGENS. Revista Contexto &Amp; Educação, 32(101), 1–3. https://doi.org/10.21527/2179-1309.2017.101.1-3