Equal pay law: the state gives with one hand what it takes away with the other
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2025.122.15882Keywords:
Equal Pay Law, Sexual division of labor, IntersectionalityAbstract
Law n. 14.611/2023 (Equal Pay Law) adds to the normative framework aimed at guaranteeing equity and non-discrimination based on gender in the world of work. This paper aims to propose reflections on why such legislation is still necessary, from a critical, feminist, and decolonial perspective. Through a bibliographic review, we aim to problematize its potential reach in the face of a social organization structured in gender and racial coloniality. Initially, we trace a socio-historical contextualization of the sexual division of labor. Then, through legislative analysis, we reflect on the (in)sufficiency of the law, based on Segato's argument (2012) that the State gives with one hand what it takes away with others. Finally, we consider possible paths forward based on the presented debate.
References
BASTOS, Rodolpho Alexandre Santos Melo, OLIVEIRA, Amanda Muniz. O filme “Maria, filha de seu filho” (2000) e suas duas Marias: a presentificação mariana no espaço midiático e o imaginário social feminino. Interfaces Científicas - Humanas e Sociais, 6(1), 81-90, 2017.
BENTO, Cida. O pacto da branquitude. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
BIROLI, Flávia. Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.
BRASIL. Decreto-Lei n. 5452, de 1 de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Brasília, 1943.
BRASIL. Lei n. 14611, de 3 de julho de 2023. Dispõe sobre a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens; e altera a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Brasília, 2023.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988.
BRASIL. Lei n. 9.029, de 13 de abril de 1995. Proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica de trabalho, e dá outras providências. Brasília, 1995.
BRUSCHINI, Maria Cristina Aranha. Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de Pesquisa, 37(132), 537-572, 2017.
BUTLER, Judith. Quem tem medo do gênero? Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2024.
COLLING, Ana Maria. ROSA, Rosângela Corrêa da. Direito e Educação, um Diálogo Necessário para prevenir a vitimização das adolescentes. Revista Contexto & Educação, v. 27, n. 88, p. 150–186, 2013.
COLLINS, Patricia Hills; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. Tradução de Rane Souza. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2021.
CONNELL, Raewyn. Gênero em termos reais. Tradução de Marília Moschkovich. São Paulo: nVersos, 2016.
CONNELL, Raewyn; PEARSE, Rebecca. Gênero: uma perspectiva global. Tradução da 3. ed. e revisão técnica de Marília Moschkovich. São Paulo: nVersos, 2015
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIECONÔMICOS - DIEESE. As dificuldades das mulheres chefes de família no mercado de trabalho. São Paulo, 2023. Disponível em: https://www.dieese.org.br/boletimespecial/2023/mulheres2023.pdf. Acesso em: 13 set. 2023.
DOLRIN, Elsa. Sexo, gênero e sexualidades: introdução à teoria feminista. Tradução de Jamile Pinheiro Dias e Raquel Machado. São Paulo: Ubu Editora, 2021.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: Mulheres, corpo e acumulação primitiva. Trad. Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017.
FRASER, Nancy. O feminismo, o capitalismo e a astúcia da história. Mediações, Londrina, v. 14, n.2, p. 11-33, Jul/Dez. 2009.
GESSER, Marivete; ZIRBEL, Ilze; LUIZ, Karla Garcia. Cuidado na dependência complexa de pessoas com deficiência: uma questão de justiça, Rev. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 30, n. 2, e86995, 2022.
GONZALEZ, Lelia. A mulher negra na sociedade brasileira: uma abordagem político-econômica. In: GONZALEZ, Lelia. Por uma feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização de Flávia Rios e Márcia Lima. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2020. p. 49-64.
GOTTSCHLICH, Daniela. Contra a Política de Globalização Neoliberal e a Hierarquia nas Relações de Gênero: a contribuição das concepções feministas para uma economia sustentável. Revista Contexto & Educação, 23(80), 145–168, 2013.
GROSFOGUEL, Rámon. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, pp. 25-49, 2016.
IBGE. Em 2022, mulheres dedicaram 9,6 horas por semana a mais do que os homens aos afazeres domésticos ou ao cuidado de pessoas. IBGE, 11/08/2023. Disponível em; https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37621-em-2022-mulheres-dedicaram-9-6-horas-por-semana-a-mais-do-que-os-homens-aos-afazeres-domesticos-ou-ao-cuidado-de-pessoas.
IPEA. Programa Pró-equidade de Gênero e Raça: O que é? Brasília, s.a. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/sites/proequidade/o-que-e. Acesso em 2 abr. 2024.
LUGONES, María. Colonialidad y género. In: MIÑOSO, Y. E.; CORREAL, D.G.; MUÑOZ, K. O. Tejiendo de otro modo: Feminismo, epistemología y apuestas descoloniales en Abya Yala. Popayán: Editorial Universidad del Cauca, 2014. p. 57-73
MACHADO, Cecília; NETO, V. Pinho. The Labor Market Consequences of Maternity Leave Policies: Evidence from Brazil. 2016. Disponível em: https://portal.fgv.br/think-tank/mulheres-perdem-trabalho-apos-terem-filhos. Acesso em 25 set. 2023.
MINISTÉRIO DAS MULHERES. Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça - 7ª edição. Brasília, 2023a. Disponível em: https://www.gov.br/mulheres/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas-1/programa-pro-equidade-de-genero-e-raca-7a-edicao. Acesso em 2 abr. 2024.
MINISTÉRIO DAS MULHERES. Grupo de Trabalho inicia atividades para elaborar Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens. Brasília, 2023b. https://www.gov.br/mulheres/pt-br/central-de-conteudos/noticias/2023/setembro/grupo-de-trabalho-inicia-atividades-para-elaborar-plano-nacional-de-igualdade-salarial-e-laboral-entre-mulheres-e-homens#:~:text=O%20novo%20Plano%20Nacional%20de,ass%C3%A9dio%20no%20ambiente%20de%20trabalho. Acesso em 2 abr. 2024.
NEVES, Marcelo. Constitucionalização simbólica e desconstitucionalização fática: mudança simbólica da Constituição e permanência das estruturas reais de poder. Revista de Informação Legislativa, Brasília, v. 33, n. 132, p. 321-330, out./dez. 1996.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO - OIT. C100 - Igualdade de Remuneração de Homens e Mulheres Trabalhadores por Trabalho de Igual Valor. Disponível em: https://www.ilo.org/brasilia/convencoes/WCMS_235190/lang--pt/index.htm. Acesso em 23 set. 2023.
PATEMAN, Carole. O contrato sexual. Tradução de Marta Avancini. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993
PIOVESAN, Flávia. Temas de direitos humanos. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
PISCITELLI, Adriana. "Recriando a (categoria) mulher?" In: ALGRANTI, Leila (Org.). A prática feminista e o conceito de gênero. Campinas: IFCH-Unicamp, 2002.
POWELL, Gary. N., GREENHAUS, Jeffrey; JASKIEWICZ, Peter; COMBS, James G. Family science and the work-family interface: An interview with Gary Powell and Jeffrey Greenhaus. Human Resource Management Review, 28(1), 98-102, 2018.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. Buenos Aires: CLACSO - Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2005.
RESENDE, Deborah Kopke. Maternidade: uma construção histórica e social. Pretextos Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, Belo Horizonte, 2(4), 175-191, 2017.
SAFFIOTI, Heleiteth. Gênero, patriarcado, violência. 1. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
SCOTT, Joan W. O enigma da igualdade. Rev. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 13, n. 1, pp. 11-30, 2005.
SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. e-cadernos CES [Online], n. 18, 2012.
TRONTO, Joan. Assistência democrática e democracias assistenciais. Sociedade e Estado, v. 22, n. 2, p. 285–308, maio, 2007.
TST. Desigualdade salarial entre homens e mulheres evidencia discriminação de gênero no mercado de trabalho. TST, 08/03/2023. Disponível em: https://www.tst.jus.br/-/desigualdade-salarial-entre-homens-e-mulheres-evidencia-discrimina%C3%A7%C3%A3o-de-g%C3%AAnero-no-mercado-de-trabalho. Acesso em 21 set. 2023.
ZANELLO, Valeska. Saúde mental, gênero e dispositivo: cultura e processos de subjetivação. 1. ed. Curitiba: Appris, 2018.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Context and Education Journal

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
By publishing in Revista Contexto & Educação, authors agree to the following terms:
All works are published under the Creative Commons Attribution 4.0 International License (CC BY 4.0), which allows:
Sharing — to copy and redistribute the material in any medium or format;
Adaptation — to remix, transform, and build upon the material for any purpose, even commercially.
These permissions are irrevocable, provided that the following terms are respected:
Attribution — authors must be properly credited, a link to the license must be provided, and any changes made must be indicated.
No additional restrictions — no legal or technological measures may be applied that legally restrict others from doing anything the license permits.
Notices:
The license does not apply to elements that are in the public domain or covered by legal exceptions.
The license does not grant all necessary rights for specific uses (e.g., image rights, privacy, or moral rights).
The journal is not responsible for the opinions expressed in the articles, which are the sole responsibility of the authors. The Editor, with the support of the Editorial Board, reserves the right to suggest or request modifications when necessary.
Only original scientific articles presenting research results of interest that have not been previously published or simultaneously submitted to another journal with the same purpose will be accepted.
Mentions of trademarks or specific products are intended solely for identification purposes and do not imply any promotional relationship by the authors or the journal.
License Agreement (for articles published from October 2025): Authors retain the copyright to their article and grant Revista Contexto & Educação the right of first publication.
