GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA: REFLEXÕES ACERCA DA FORMAÇÃO CONTINUADA SOBRE ASSUNTOS DA DIVERSIDADE SEXUAL
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2012.88.6-34Abstract
Este artigo tem como objetivo problematizar relatos trazidos pelos/as professores/as dos anos iniciais da escola pública, no âmbito da formação no curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE), no que se refere aos preconceitos de: gênero e diversidade sexual. O curso de formação GDE, foi oferecido em 2009 e 2010, pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), em convênio firmado com a Universidade Estadual Paulista (UNESP). No Estado de São Paulo os polos de formação foram distribuídos em 09 municípios. O curso GDE se inseriu na modalidade de formação continuada de professores/as da educação básica de escolas públicas, de forma semipresencial. O curso foi dividido em 05 módulos temáticos: diversidade, gênero, sexualidade e orientação sexual, raça/etnia. Neste artigo analisamos os memoriais escritos pelos/as professores/as participantes do 1º curso GDE nos quais apontam o aprendizado vivido ao longo do curso. O polo da cidade de Jaú, interior do estado de São Paulo foi o selecionado para as análises apresentadas. Como resultado, obtiveram-se vários relatos sobre conflitos resultantes da dissonância das crenças pessoais e das responsabilidades profissionais; o envolvimento da história de vida dos/as professores/as em sua atuação escolar (subjetividades); a transposição dos equívocos conceituais construídos fora da escola para seu interior, entre outros aspectos discutidos nas análises aqui apresentadas. Foi possível perceber que o curso conseguiu desestabilizar esses/as professores/as, permitindo que questionem algumas de suas certezas. Foi explicito pelo grupo de participantes a dificuldade em mudar e transformar conceitos e preconceitos internalizados sobre diversidade sexual e gênero. Concluímos que o curso possibilitou aos educadores/as entrar em contato com questões contemporâneas, uma reflexão sobre suas posturas e concepções de educação, o que contribuirá, talvez, para transformar suas práticas dentro da escola, possibilitando novos questionamentos e olhares sobre a questão da sexualidade.Downloads
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