A educação em diferentes contextos
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2015.95.1-3Abstract
A diversidade de contextos e temáticas abordadas nos estudos educacionais é tema de muitos pesquisadores.
Neste número, os artigos enfocam propostas de abrangência ampla, como a educação de jovens e adultos (EJA), escola de tempo integral, gestão escolar, gênero e sexualidade no ensino de Ciências, avaliação das atividades de ensino de Ciências fundamentada em Galperin, jogos na disciplina de história, a arte de ensinar a escrever e politicas de tratamento da pesca.
O conjunto de textos publicados inicia com o artigo intitulado “Contribuições sobre a diversidade na educação de jovens e adultos: o desafio de volta à totalidade”, de Rafael Rossi e Cristiano Amaral Garboggini di Giorgi, que trazem questionamentos, a partir da relevância assumida pela dimensão política na escola e no trabalho docente, enquanto fundamento capaz de avançar rumo a uma educação comprometida com o educando e a responsabilidade social.
Na sequência, “A educação profissional: um estudo sobre o PROEJA e as políticas públicas de formação continuada de professores”, escrito por Klayton Santana Porto, Rosalina Evagelista dos Santos, Luana Silva Santana e Jacson Neri, apresenta os conceitos de educação profissional, bem como as políticas públicas e a formação continuada de professores, sinalizando a necessidade da criação de políticas mais efetivas para essa formação.
O terceiro artigo, “Escola de educação integral em tempo integral à luz do pensamento complexo: análise dos conceitos relevantes da trajetória de implementação”, de autoria de Nilton Cézar Rodrigues Menezes problematiza os principais conceitos na implementação da Escola de Educação Integral em Tempo Integral, ao repensar constantemente os aspectos epistemológicos, pedagógicos e ontológicos para que a sua dinamização e a sua relevância se concretizem como fruto do diálogo numa configuração/reconfiguração de saberes.
Na educação, as tecnologias da informação e comunicação, além de proporcionarem inovações nas metodologias de ensino-aprendizagem, estimulam novas formas de gestão escolar. Diante desta perspectiva, o quarto artigo “Redes sociais como ferramenta de uma gestão escolar democrática”, de Aline Tamires Kroetz Ayres Castro e Éderson Ayres Castro, aborda as práticas de gestão escolar, especificamente por meio das redes sociais com o objetivo de investigar as contribuições proporcionadas pelo uso de uma rede social para a promoção da gestão democrática e participativa de qualidade em uma escola pública de ensino fundamental do município de Novo Hamburgo – RS.
Ainda numa perspectiva empreendedora, no quinto artigo intitulado “Políticas públicas e assistência técnica para pesca artesanal em Pernambuco”, Ana Clara Costa Lima e Angelo Bras Fernades Callou investigam as políticas públicas dos ministérios federais e do Governo do Estado de Pernambuco para pesca artesanal analisando, especificamente, os serviços de assistência técnica prestados pelas organizações governamentais pernambucanas aos pescadores e pescadoras artesanais, num processo educativo.
No sexto artigo “Gênero e sexualidade no ensino de ciências no Brasil: análise da produção científica recente”, as autoras Zilene Moreira Pereira e Simone Souza Monteiro analisam as abordagens destes temas na produção acadêmica da área de Ensino/Educação, a partir da revisão sistemática dos principais periódicos da Área de Ensino da CAPES e da base de dados SciELO, publicados entre 2006 a 2011. As autoras destacaram o interesse crescente nessas temáticas nas mais variadas áreas do conhecimento e a importância da inclusão dos estudos de gênero e sexualidade nos cursos de formação docente.
No oitavo artigo, os “Jogos de linguagem e o sentido de sujeito do conhecimento nas políticas curriculares de história”, os autores Raquel Venera e Felipe Rodrigues da Silva analisam os sentidos conceituais de sujeito e tempo nas políticas curriculares de História da rede municipal de Joinville/SC. Nesse texto específico, analisam os sentidos de sujeito do conhecimento e apresentam uma breve cartografia da modernidade, na concepção e emergência do sentido de sujeito moderno.
Verônica Klepka e Maria Julia Corazza, no nono artigo “A responsividade de licenciandos em produções didáticas para o ensino de ciências: análise de propostas respaldadas na teoria de Galperin”, analisam os aspectos da responsividade nos discursos sobre três sequências didáticas produzidas por estudantes de licenciatura em Ciências Biológicas. As sequências didáticas, propostas pelos estudantes durante a intervenção em um grupo de estudos acerca da importância da História da Ciência no ensino de Biologia, tiveram como respaldo teórico o episódio da descoberta da célula por Robert Hooke e a Teoria da Assimilação por Etapas de Ações Mentais de Galperin. No estudo as autoras concluíram que diferentes tipos de compreensão acerca da História da Biologia podem ser diagnosticados entre os grupos, que compõem um horizonte social comum: a formação inicial.
O décimo texto “A arte de escrever e orientar um texto: enfrentando os dois flagelos da alma humana - as armadilhas do desejo e a presunção da verdade”, de autoria de Lúcia Schneider Hardt, que encerra este número, trata de um tema essencial a formação nos programas de pós-graduação. Discute a função da orientação em um curso de mestrado considerando a Filosofia da Educação, numa descrição do processo formativo estabelecido entre sujeitos, que se encontram em função de desejos semelhantes, condição insuficiente para bem escrever. Uma trajetória de estudos, de enfrentamentos deve ser vivenciada para qualificar e alargar aquilo que o desejo aponta, mas também exige outras condutas. É preciso conhecer a tradição do já anunciado e escrito, para afirmar de forma criativa ou recusar aquilo, que se pretende defender. Essa diversidade de temas publicada, neste número, constitui um convite a leitura e ao debate para novos estudos.Downloads
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