Concepções e práticas curriculares dos docentes, gestores e alunos de engenharia em uma Universidade Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2023.120.13134Palabras clave:
Currículo, engenharia, ensino superior, formação docente.Resumen
Este estudo teve como objetivo analisar a percepção de alunos, professores e gestores acerca das práticas de ensino adotadas no Ensino Superior, e suas implicações no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes em Engenharia. Participaram nesta investigação 208 professores, 460 alunos e 9 gestores de uma universidade brasileira. O design de investigação assentou numa abordagem mista, combinando diferentes tipos de métodos de natureza quantitativa e qualitativa, utilizando diferentes técnicas de recolha de dados. Os resultados sugerem que muitos docentes e gestores ingressaram de forma circunstancial e que suas práticas de ensino se centram nas suas experiências enquanto alunos. Já os alunos apontam para uma necessidade de mudança nas práticas didáticas e pedagógicas dos docentes, uma vez que o perfil dos alunos sempre muda. Os dados sugerem que alguns professores buscam inovar suas metodologias, no entanto, os professores têm encontrado desafios como: o número excessivo de alunos por turma; falta de espaços diversificados de aprendizagem; falta de conhecimento de técnicas de ensino-aprendizagem e de avaliação assim como de metodologias ativas de aprendizagem; e a falta de recurso financeiros. Por fim, os participantes da universidade brasileira apontam para a necessidade de capacitação futura no âmbito didático-pedagógico para que possam adequar suas práticas de ensino.
Citas
BARNETT, Ronald. The limits of competence: knowledge, higher education and society. London: Open University Press, 1994.
BARNETT, Ronald.; COATE, Kelly. Engaging the curriculum in higher education. London: Open University Press, 2005.
CANO, Ana. Gregorio; AGUDO, Daniel Casas. La planificación de la actividad docente en el proceso de enseñanza-aprendizaje: Traducción y Derecho. Historia y Comunicación Social, Madrid, 19º, número especial, 525-538, 2014.
CHAVES, Taniamara Vizzotto; KAEFER, Maria Terezinha Verle; CHUQUEL, Daiane Rosa. Concepções e práticas relativas ao currículo integrado nas práticas como componentes curriculares em cursos de licenciatura do instituto federal Farroupilha. Revista Contexto & Educação. Ano 35. N. 112. 66-81, 2020.
ESTEVES, Manuela. Para a excelência pedagógica do ensino superior. Sísifo Revista de Ciências da Educação, Bahia, (7) 101-110, 2008.
FERNANDES, Sandra. Aprendizagem baseada em projectos no contexto do ensino superior: avaliação de um dispositivo pedagógico no ensino de engenharia. 2011. Tese de Doutorado, Universidade do Minho, Braga, Portugal, 2011.
FERNANDES, Sandra; MESQUITA, Diana; FLORES, Maria. Assunção; LIMA, Rui. Engaging students in learning: findings from a study of project-led education, European Journal of Engineering Education, London, 39(1), 55-67, 2014.
FERNANDES, Eva Maria Lopes. Conceptions and practices of assessment in higher education: A study of university teachers. 2020. Tese de Doutorado, Universidade do Minho. Braga, Portugal, 2020.
GASPAR, Ivone.; ROLDÃO, Maria.Céu. Elementos do desenvolvimento curricular. Universidade Aberta. 2007.
GRUNDY, Shirley. Curriculum: product or praxis? London: The Falmer Press, 1987.
GOODSON, Ivor. O currículo em mudança: estudos na construção social do currículo. 12ª ed. Porto: Porto Editora, 2001.
GIMENO, José. El curriculum: una reflexion sobre la practica. 1ª ed. Madrid: Ediciones Morata, 1988.
HEALEY, Mick.; FLINT, Abbi.; HARRINGTON, Kathy. Engagement through partnership: Students as partners in learning and teaching in higher education. 2014. HEA. Disponível em: https://www.heacademy.ac.uk/engagement-through-partnership-students-partners-learning-and-teaching-higher-education. Acesso em: 23 de agosto de 2021.
KEMMIS, Stephen. El curriculum: Más allá de la teoría de la reproducción. 1ª ed. Madrid: Ediciones Morata, 1988.
MAGALHÃES, Ana Maria Silva.; REAL, Giselle Cristina Martins. A produção científica sobre a expansão da educação superior e seus desdobramentos a partir do Programa Reuni: tendências e lacunas. Avaliação da Educação Superior, Campinas, 23(2), 467-489, 2018.
MORGADO, José. Currículo e profissionalidade docente. 11ª ed. Porto: Porto Editora, 2005.
Seleção e organização dos conhecimentos curriculares no ensino superior. In: MOREIRA, Antônio Flavio.; MORAES, Maria Célia.; PACHECO, José Augusto.; EVANGELISTA, Maria Olinda. Formação de professores: Perspectivas educacionais e curriculares, (pp. 136-142). 1ª ed. Porto: Porto Editora, 2003.
MESQUITA, Diana Isabel Araújo. O currículo da formação em engenharia no âmbito do processo de Bolonha: desenvolvimento de competências e perfil profissional na perspectiva dos docentes, dos estudantes e dos profissionais. 2015. Tese de Doutorado, Universidade do Minho. Braga, Portugal, 2015.
MESQUITA, Diana. Isabel. Araújo.; FLORES, Maria. Assunção.; Lima, Rui. Desenvolvimento do currículo no ensino superior: desafios para a docência universitária. Revista Iberoamericana de Educación Superior, México, IX (25), 43-61, 2018.
OLIVEIRA, Vanderli Fava.A Engenharia e as Novas DCNs: oportunidades para formar mais e melhores engenheiros. 1ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2019.
PACHECO, José Augusto. Currículo: Teoria e práxis. 10ª ed. Porto: Porto Editora, 2006.
PACHECO, José Augusto. Flexibilização curricular: algumas interrogações. In PACHECO, José Augusto. (Org.). Políticas de Integração curricular. 2ª ed. Porto: Porto Editora, 2000.
PACHECO, José Augusto. Discursos e lugares das competências em contextos de educação e formação. 6ª ed. Porto: Porto Editora, 2011.
PEREIRA, Diana Alexandra Ribeiro. A Avaliação das aprendizagens no ensino superior na perspectiva dos estudantes. Um estudo exploratório. 2011. Dissertação de Mestrado. Universidade do Minho. Braga, Portugal, 2011.
PERRENOUD, Philippe. Construir: as competências desde a escola. 1ª ed. Porto Alegre: Artimed, 1999.
PINAR, Willian. O que é a teoria do currículo? 11ª ed. Porto: Porto Editora, 2007.
SANTOS, Rafael Ribeiro.; CUNHA, Wânia Chagas Faria.; MORAES, Loçandra Borges. De aluno a professor- A realização de sonhos um encontro com a realidade: O estágio supervisionado e sua relevância na formação docente. Revista Contexto e Educação, Rio Grande do Sul, Ano35. n. 112, 2020.
STENHOUSE, Lawrence. Investigación y desarrollo del curriculum. 4ª ed. Espannã: Ediciones Morata, 1994.
SCHIRO, Michael. Curriculum for better schools: the great ideological debate. Englewood Cliffs Educational Technology Publications, 1ª ed. New Jersey:1980.
TABA, Hilda. Curriculum development: theory and practice. New York: Harcourt, Brace & World, 1962.
TANNER, Daniel.; TANNER, Laurel Curriculum development: theory into practice. 2ª nd ed. New York: MacMillan, 1980.
TEIXEIRA, Elizabeth. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. 11ª ed. Petrópolis: Vozes, 2010.
VETTORI, Oliver.; GOVER, Anna. Learning & Teaching Paper: curriculum. 2020. European University Association. Disponível em: https://eua.eu/resources/publications/919:curriculum-design.html. Acesso em: 23 de agosto de 2021.
ZABALZA, Miguel. La enseñanza universitária: el escenaria e sus protagonistas. 1ª ed. Madrid: Narcea Ediciones, 2002.
ZABALZA, Miguel. O ensino universitário: seu cenário e seus protagonistas. 1ª ed, Porto Alegre: Artmed, 2007.
ZABALZA, Miguel. Competencias docentes del profesorado universitario: calidad y desarrollo profesional. Narcea: Ediciones, 2009.
ZABALZA, Miguel. Diseño y Desarrollo Curricular. 11ª ed. Local: Narcea: Ediciones. 2009.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Revista Contexto & Educação
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).