O desenvolvimento da autonomia na formação inicial de professores por meio dos estágios curriculares

Resumen

Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa de doutorado que investigou de que modo a formação inicial de professores propicia o desenvolvimento da autonomia dos estudantes. Considera-se que, ao promover a autonomia, a formação inicial de professores se destaca como relevante para a formação humana dos sujeitos, preparando cidadãos aptos para atuar pessoal e profissionalmente na sociedade. Para a pesquisa, considera-se o conceito de autonomia a partir da compreensão de que o sujeito se desenvolve progressivamente a partir das decisões críticas que realiza. Para isso, foram utilizados como embasamento estudos sobre formação inicial de professores a partir de Moreira (2021), Nóvoa (2012) e Pimenta e Lima (2012), assim como sobre o conceito de autonomia a partir de Freire (2017) e Guzzo (2002, 2009). Para a construção dos dados, tendo como inspiração o estudo de caso (Yin, 2015), foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas com estudantes e docentes de cursos de licenciatura da área de ciências exatas de uma universidade comunitária do sul do Brasil. Os dados foram analisados por meio da Análise Textual Discursiva (Moraes; Galiazzi, 2007). Os resultados apontaram para a relevância das vivências das disciplinas de estágio, especialmente quanto às relações entre a prática e as teorias estudadas, em um contexto de articulação entre universidade e o cotidiano escolar. De tal modo, compreende-se que os estágios curriculares nas licenciaturas promovem a autonomia e o pensamento crítico a partir da realização de atividades que potencializam a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal e profissional dos futuros professores.