Percepções de conselheiros tutelares frente às situações de violência contra crianças e adolescentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21527/2176-7114.2024.48.14195

Palavras-chave:

Violência, Criança, Adolescente, Pesquisa Qualitativa

Resumo

Objetivo: Conhecer as percepções de Conselheiros Tutelares frente às situações de violência contra crianças e adolescentes. Método: Pesquisa exploratório-descritiva de abordagem qualitativa. Participaram do estudo 18 Conselheiros Tutelares de dois municípios da região central do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram coletados no ano de 2021 pela técnica de Grupo Focal, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram sistematizados e analisados pela Análise de Conteúdo Temática. Resultados: As percepções dos Conselheiros Tutelares frente às situações de violência contra crianças e adolescentes relacionam-se a sentimentos de tristeza, vulnerabilidade e desamparo da criança. Estas situações ocorrem desde a gestação até após o nascimento, incluindo a violência física, psicológica e sexual, perpetradas dentro da família. A identificação das situações de violência chega por meio de denúncias espontâneas, via contato telefônico, e ocorre a partir da experiência profissional. Considerações Finais: os conselheiros tutelares necessitam de espaços para discutir sobre os sentimentos que afloram nessa prática, qualificações constantes, devido à complexidade que envolve esse tema e as consequências ocasionadas na vida das crianças.

Referências

Unicef. United Nations Children’s Fund. Violence against children. 2020 [accessed: 2023 Nov. 21]. Available at: https://www.unicef.org/protection/violence-against-children

Brasil. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Dados Epidemiológicos SINAN. Brasília: DF, 2022; [Access: 2023 Nov. 21]. Available at: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/violebr.def

Brasília. Secretaria de Atenção à Saúde. Ministério da Saúde. Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências. Brasília: MS; 2010.

Eriksson M, Broberg AG, Hultmann O, Chawinga E, Axberg U. Safeguarding Children Subjected to Violence in the Family: Child-Centered Risk Assessments. Int. J. Environ. Res. Public Health. 2022; 19:13779. doi: https://doi.org/10.3390/ijerph192113779

Lünnemann MKM, Luijk MPCM, Van der Horst FCP, Jongerling J, Steketee M. The impact of cessation or continuation of family violence on children. Child. Youth Serv. Rev. 2022; 140:106565. doi: https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2022.106565

Addae EA, Tang L. How Can I Feel Safe at Home? Adolescents' Experiences of Family Violence in Ghana. Front Public. Health. 2021; 9:672061. doi: https://doi.org/10.3389/fpubh.2021.672061

Schønning V, Sivertsen B, Hysing M, Dovran A, Askeland KG. Childhood maltreatment and sleep in children and adolescents: a systematic review and meta-analysis. Sleep Med. Rev. 2022; 63:101617. doi: https://doi.org/10.1016/j.smrv.2022.101617

Brasília. Presidência da República. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília; 1990.

Minayo MCS, Deslandes SF, Gomes R. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Minayo MCS (org). Petrópolis, RJ: Vozes, 7ª reimpressão, 2023.

Kinalski DDF, Paula CC, Padoin SMM, Neves ET, Kleinubing RE, Cortes LF. Focus group on qualitative research: experience report. Rev. Bras. Enferm. 2017; 70(2):424-9. doi: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0091

Minayo MCS. Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: consensos e controvérsias. Rev Pesqui Qual. 2017 [accessed: 2023 Nov. 21]; 5(7):1-12. Available at: https://editora.sepq.org.br/index.php/rpq/article/view/82

Noble-Carr D, Moore T, McArthur M. Children's experiences and needs in relation to domestic and family violence: findings from a meta-synthesis. Child & family Soc. Work. 2020; 25(1):182-91. doi: https://doi.org/10.1111/cfs.12645

Batista MKB, Quirino TRL. Debatendo a violência contra crianças na saúde da família: reflexões a partir de uma proposta de intervenção em saúde. Saúde soc. 2020; 29(4):1-13. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-12902020180843

Budler LC, Stricevic J, Kegl B, Pevec M, Klanjsek P. Caring for children and adolescents victims of domestic violence: a qualitative study. J. Nurs. Manag. 2022; 30(6):1667-76. doi: https://doi.org/10.1111/jonm.13512

Štuopytė E, Linkienė K. Experiences of Professionals Ensuring the Protection of Children from violence. Public Policy and Administration. 2022; 21(3):292-304. doi: https://doi.org/10.5755/j01.ppaa.21.3.30893

Armfield JM, Gnanamanickam ES, Johnston DW, Preen DB, Brown DS, Nguyen H, Segal L. Intergenerational transmission of child maltreatment in South Australia, 1986-2017: a retrospective cohort study. Lancet Public Health. 2021; 6(7):e450-e461. doi: https://doi.org/10.1016/S2468-2667(21)00024-4

Ferreira CLS, Cortes MCJW, Gontijo ED. Promoção dos direitos da criança e prevenção de maus tratos infantis. Ciênc. Saúde Colet. 2019; 24(11):3997-4008. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320182411.04352018

Silva SBJ, Conceição HN, Câmara JT, Machado RS, Chaves TS, Moura DES, Borges LVA, Moura LRP. Profile of notifications of violence against children and adolescents. Rev. enferm. UFPE on line. 2020; 14:1-7. doi: http://dx.doi.org/10.5205/1981-8963.2020.244171

Etrawati F. Identification of risk factors and consequences of sexual violence in children: a literature review. Jurnal Ilmu Kesehatan Masyarakat. 2020; 11(1):1-9 doi: https://doi.org/10.26553/jikm.2020.11.1.1-9

Pedroso MRO, Leite FMC. Recurrent violence against children: analysis of cases notified between 2011 and 2018 in Espírito Santo state, Brazil. Epidemiol. Serv. Saúde. 2021; 30(3):e2020809. doi: https://dx.doi.org/10.1590/S1679-49742021000300003

Santos LF, Javaé ACRS, Costa MM, Silva MVFB, Mutti CF, Pacheco LR. The experiences of health professionals with the management of violence against children. Revista Baiana de Enfermagem. 2019; 33:e33282. doi: https://dx.doi.org/10.18471/rbe.v33.33282

Fernandes H, Brandão MB, Castilho-Júnior RA, Hino P, Ohara CVS. The care for the persistent family aggressor in the perception of nursing students. Rev. Latinoam. Enferm. 2020; 28:e3287. doi: https://doi.org/10.1590/1518-8345.3991.3287

Souza LB, Panúncio-Pinto, MP, Fiorati RC. Children and adolescents in social vulnerability: well-being, mental health and participation in education. Cad. Bras. Ter. Ocup. 2019; 27 (2):251-69 doi: https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1812

Santos LF, Costa MM, Javae ACRS, Mutti CF, Pacheco LR. Factors that interfere with the confrontation of child violence by guardianship counselors. Saúde debate. 2019; 43(120): 137-49. doi: https://doi.org/10.1590/0103-1104201912010

Doroudchi A, Zarenezhad A, Hosseininezhad H, Malekpour A, Ehsaei Z, Kaboodkhani R, Valiei M. Psychological complications of the children exposed to domestic violence: a systematic review. Egypt J Forensic Sci. 2023; 13(1):26. doi: https://doi.org/10.1186/s41935-023-00343-4

Publicado

2024-05-09

Como Citar

Ribeiro, A. C., Pedroso, F. I., Arboit, J. ., Honnef, F., Cardoso de Paula, C., Leal, T. C., Vanuza Monteiro Bugs, C. ., & Schek, G. . (2024). Percepções de conselheiros tutelares frente às situações de violência contra crianças e adolescentes. Revista Contexto &Amp; Saúde, 24(48), e14195. https://doi.org/10.21527/2176-7114.2024.48.14195

Edição

Seção

Artigo Original