Associação do nível de atividade física com sintomas depressivos, sono e humor em universitários

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.21527/2176-7114.2022.46.12630

Palabras clave:

Atividade física, Saúde mental, Insônia

Resumen

Pesquisas têm demonstrado que a população universitária pratica irregularmente atividade física e têm demonstrado mudanças no comportamento do sono e sintomas depressivos. O presente estudo, portanto, teve por objetivo verificar a associação do nível de atividade física (NAF) com sintomas depressivos, sonolência diurna e estado de humor em estudantes universitários. É um estudo descritivo transversal com participação de 75 universitários (20,64 ± 2,41 anos) de um curso da área da saúde de uma universidade do Sul do Brasil. Os estudantes responderam a questionários on-line sobre sintomas depressivos (Beck Depression Inventory), sonolência diurna (Epworth) e estado de humor (POMS e BRUMS). O nível de atividade física foi verificado por acelerômetro durante sete dias. A análise estatística compreendeu o teste t Student, Anova one way, correlação de Pearson e análise de regressão linear, considerando p < 0,05. De forma geral, os resultados demonstraram que somente 28% da amostra do estudo foi considerada ativa, que 14% dos alunos apresentaram sintomas depressivos e 61% relataram distúrbios de sonolência. Os estudantes considerados insuficientemente ativos obtiveram 84% e 73% mais chance de apresentar maiores distúrbios de sonolência e alteração no estado de humor relacionado à tensão, respectivamente. No presente estudo a maioria dos universitários apresentou comportamento sedentário, e este associou-se com maiores chances ao distúrbio de sonolência e tensão.

Citas

BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2020.

Cid L, Silva C, Alves J. Atividade física e bem-estar psicológico: perfil dos participantes no programa de exercício e saúde de Rio Maior. Motricidade. 2007; 3(2):47-55.

Marcodelli P, Costa THM, Schmitz BAS. Nível de atividade física e hábitos alimentares de Universitários do 3º ao 5º semestre da área de saúde. Revista de Nutrição. 2008;21(1):39-47.

Fontes ACD, Vianna RPT. Prevalência e fatores associados ao baixo nível de atividade física entre estudantes universitários de uma universidade pública da região Nordeste – Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2009;12(1):20-9.

Mayer FB. A prevalência dos sintomas de depressão e ansiedade em estudantes de medicina: um estudo multicêntrico no Brasil [tese de doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2017.

Furlani R, Ceolim MF. Padrões de sono de estudantes ingressantes na Graduação em Enfermagem. Rev Bras Enfermagem. 2005;58(3):320-24.

Cardoso HC, Bueno FCDC, Mata JCD, Alves APR, Jochims I, Vaz IHR et al. Avaliação da qualidade do sono em estudantes de medicina. Rev Bras Educ Med. 2009;33(3):349-55.

Associação Brasileira de Estudos Populacionais. 2015. Disponível em: www.abep.org

World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. 2000; Disponível em: https://www.who.int/#

Zhu S, Wang Z, Heshka S, Heo M, Faith MS, Heymsfield SB. Waist circumference and obesity-associated risk factors among whites in the Third National Health and Nutrition Examination Survey: clinical action thresholds. Am J Clin Nutr. 2002;(76):743-749.

Araújo, Guilherme T. Antropometria. Curso Nacional de Nutrologia. [S.l.]: [s.n.]; 2015.

Stewart A, Marfell-Jones M, Olds T, Ridder H. Padrões internacionais para avaliação antropométrica. Lower Hutt, Nova Zelândia: Sociedade Internacional para o Avanço da Cinantropometria - ISAK, 2011.

Petroski EL. Antropometria: técnica e padronizações. 4. ed. Porto Alegre: E. L. Petroski; 2009.

Chen KY, David RBJR. The technology of accelerometry-based activity monitors: current and future. Med Sci Sports Exerc. 2005;37(11):490-500.

Sasaki J, Coutinho A, Santos C, Bertuol C, Minatto G, Berria J, et al. Orientações para utilização de acelerômetros no Brasil. Rev Bras Atividade Física Saúde. 2017;22(2):110-126.

Freedson PS, Melanson E, Sirard J. Calibration of the Computer Science and Applications, Inc. accelerometer. Med Sci Sport Exerc. 1998;30(5):777-781.

Beck AT, Steer RA, Brown GK. Manual for the beck depression Inventory-II. San Antonio, TX: Psychological Corporation. 1996;1:82.

Viana MF, Almeida P, Santos RC. Adaptação portuguesa da versão reduzida do perfil de estado de humor – POMS. Análise Psicológica. 2001;19(1):77-92.

Rohlfs ICPM, Rotta TM, Andrade A, Terry PC, Krebs RJ, Carvalho T. The Brunel of mood scale (BRUMS): instrument for detection of modified mood states in adolescents and adults athletes and non athletes. Fiep Bulletin. 2005;(75):281-284.

Bertolazi AN, Fagondes SC, Perin C, Schonwald S, John AB, Miozzo I et al. Validation of the Epworth Sleepiness Scale in the brazilian portuguese language. In: Sleep 2008. 22nd. Annual meeting of the associated professional sleep societies. Baltimore; 2008. Sleep. Westchester: APSS. 2008;(31):A347-A347.

Haskell W, Lee IM, Pate RR, Powel KE, Blair SN, Franklin BA et al. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Circulation. 2007;116(9):1.081.

Noce F, de Oliveira Castro H, Ferreira TS, Guo J, Andrade AGP, Costa VT. A 6-month comparison of quality of life and mood states between physically active and sedentary college students. Rev da Fac de Med de Ribeirão Preto e do Hosp das Clínicas da FMRP. 2016;49(1):9-16.

Rigoni PAG, Nascimento JRA, Costa GNFS, Vieira LF. Estágios de mudança de comportamento e percepção de barreiras para a prática de atividade física em universitários do curso de Educação Física. Rev Bras Ativ Fis e Saúde. 2012;17(2):87-92.

Danda GJND, Ferreira GR, Azenha M, Souza KFRD, Bastos O. Padrão do ciclo sono-vigília e sonolência excessiva diurna em estudantes de medicina. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. 2005;54(2):102-106.

De Mello MT, Fernandez AC, Tufik S. Levantamento epidemiológico da prática de atividade física na cidade de São Paulo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 2000;6(4):119-124.

Roeder MA. Benefícios da atividade física em pessoas com transtorno mental. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. 1999;4(2):62-76.

De Omena S, Neto JLC. Associação entre níveis de atividade física e transtorno mental comum em estudantes universitários. Motri.Vila Real. 2014;10(1):49-59.

Deslandes A, Moraes H, Ferreira C, Veiga H, Silveira H, Mouta R et al. Exercise and mental health: many reasons to move. Neuropsychobiology. 2009;59(4):191-198.

Lavie P. The enchanted world of sleep. New Haven: Yale University Press, 1996.

Publicado

2022-11-16

Cómo citar

Eva Marco, Correa, G. C., Matheus de Sousa, Guiraldelli, L. R., Bertin, R. L. ., Mocelin, A., & Ulbrich, A. Z. . (2022). Associação do nível de atividade física com sintomas depressivos, sono e humor em universitários. Revista Contexto &Amp; Saúde, 22(46), e12630. https://doi.org/10.21527/2176-7114.2022.46.12630

Número

Sección

Artigos