Avaliação de fatores que interferem no consumo e desperdício de refeições de pacientes em ala psiquiátrica de um hospital do sul do Brasil: um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2023.47.13437Palabras clave:
Desperdício de Alimentos, Psiquiatria, Eletroconvulsoterapia, Ingestão de AlimentosResumen
Esse estudo teve como objetivo identificar os fatores que interferem no consumo e desperdício de alimentos nas refeições de almoço e jantar na ala psiquiátrica de um hospital público universitário da cidade de Porto Alegre/RS. Método: Estudo transversal de caráter descritivo, com abordagem quantitativa, no período de 27 de setembro a 26 de novembro de 2021. Utilizou-se o método de pesagem direta de cubas de cada preparação antes e após a refeição, descontando-se o valor do peso da cuba. Foram utilizados como critérios de inclusão pacientes internados por meio do SUS, recebendo dieta normal. Resultados: Nos 25 dias avaliados a média diária de refeições foi de 18, com o total de 452 refeições no período. O tempo médio de internação foi de 7 a 15 dias. Identificou-se a predominância da faixa etária de adultos, quando comparado a idosos, e 50,6% de pacientes do sexo masculino. Observou-se diferença de desperdício de alimentos em dias com e sem rotina de eletroconvulsoterapia (ECT). Analisando o cardápio, o percentual de sobra total foi de 29,37% para guarnições e de 36,69% para as carnes. Guarnições com cores alaranjadas tiveram os menores consumos. A carne de frango foi ofertada 74% das vezes e foi a mais desperdiçada. Conclusão: A avaliação da clientela atendida em uma Unidade de Alimentação e Nutrição é um fator importante para o monitoramento de consumo e preferências alimentares. No âmbito hospitalar, e especialmente para pacientes psiquiátricos, essas variáveis são fundamentais para evitar desperdícios de alimentos, conforme demonstrado pelos resultados encontrados neste estudo.
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