Alimentação saudável e inclusiva na escola: Um olhar sobre a alimentação escolar para crianças com transtorno do espectro autista
DOI:
https://doi.org/10.21527/2176-7114.2024.48.14009Palabras clave:
Desorden del espectro autista, Selectividad alimentaria, Alimentación escolarResumen
Este estudo teve como objetivo descrever a percepção de cuidadores e profissionais que atuam em escolas públicas sobre o processo de alimentação de crianças com Transtorno do Espectro Autista no ambiente escolar de modo a contribuir para a sua inclusão. Trata-se de pesquisa qualitativa realizada por meio de entrevistas com cuidadores e profissionais da escola (pedagogos, professores, merendeiras e diretores). Foram feitas perguntas abertas acerca do conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista, e sobre o processo e as dificuldades de alimentação dessas crianças na escola. As entrevistas foram transcritas na íntegra e os resultados foram organizados e analisados segundo a técnica de análise de conteúdo, cuja interpretação foi baseada em referenciais na área de alimentação e direitos humanos. A partir da análise das narrativas, emergiram cinco categorias: comportamentos característicos das crianças durante a alimentação; conhecimentos sobre o Transtorno do Espectro Autista e alimentação; seletividade alimentar, transtorno de processamento sensorial; e evasão escolar relacionada a dificuldades na alimentação. Observou-se que o processo de alimentação das crianças com Transtorno do Espectro Autista é marcado por comportamentos perturbadores, gerando angústia e sentimento de impotência nos profissionais e nos familiares. Os cuidadores de crianças com Transtorno do Espectro Autista que não se alimentam adequadamente consideram retirá-las da escola. Diante destas dificuldades, identificou-se a necessidade de qualificação profissional, considerando que o conhecimento do transtorno, sobretudo das características relacionadas à alimentação, pode efetivar a inclusão dessas crianças e reduzir a evasão escolar relacionada à alimentação.
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