As concepções e os desafios dos licenciandos em ciências biológicas participantes do PIBID sobre a etapa de problematização no ensino de ciências por investigação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21527/2179-1309.2023.120.12180

Palavras-chave:

PIBID. Problematização. Ensino de Ciências por Investigação.

Resumo

O pensar e constituir os problemas num plano de trabalho docente ou em uma Sequência de Ensino Investigativa (SEI) é considerado um momento essencial, pois norteiam as demais etapas e possibilitam a transição da curiosidade ingênua para a curiosidade epistemológica. Nesse sentido, esta pesquisa foi realizada com licenciandos de Ciências Biológicas, vinculados ao Programa Institucional de Bolsas para Iniciação à Docência (Pibid) e teve como objetivo investigar concepções e dificuldades dos participantes para problematizar os conteúdos de Ciências do currículo da Educação Básica. Após a leitura de todo o material, optamos pela Análise Textual Discursiva para organizar, analisar e discutir todo o corpus da investigação. Sob um viés reflexivo, os participantes sinalizaram, qualitativamente, como um problema investigativo pode dificultar ou possibilitar diversas perspectivas para o desenvolvimento das etapas do Ensino de Ciências por Investigação (ECI).

Referências

AMARAL, Ivan Amorosino do. Currículo de Ciências: das tendências clássicas aos movimentos atuais de renovação. In: BARRETO, Elba Siqueira de Sá. Os currículos do Ensino Fundamental para as escolas brasileiras. São Paulo: Editora Autores Associados, 1998. p. 201-232.

ARAÚJO, Rita de Cassia Pimenta de. Lógica, investigação e democracia no discurso educacional de John Dewey. 2008. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da Unesp, Araraquara, 2008.

BACHELARD, Gaston. O racionalismo aplicado. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.

BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis: Vozes, 2013.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC; SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.

CARMINATTI, Bruna; DEL PINO, Jose Claudio. A relação professor-aluno e a afetividade no ensino de ciências do Ensino Médio: levantamento bibliográfico do cenário educacional brasileira. Revista Contexto & Educação, Ijuí: Editora Unijuí, v. 35, n. 111, p. 148-169, 2020.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org.). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2016.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa; VANUCHI, Andrea Infantosi; BARROS, Marcelo Alves; GONÇALVES, Maria Elisa Rezende; REY, Renato Casal del. Conhecimento físico no Ensino Fundamental. São Paulo: Scipione, 1998.

DEBOER, George. Historical perspectives on inquiry teaching in schools. In: FLICK, Lawrence B.; LEDERMAN, Norman G. Scientific inquiry and nature of science: implications for teaching, learning, and teacher education. The Netherlands: Springer, 2006.

DELIZOICOV, Demétrio. Problemas e problematizações. In: PIETROCOLA, Mauricio (org.). Ensino de Física: conteúdo, metodologia e epistemologia numa concepção integradora. Florianópolis: Editora UFSC, 2001.

FERNANDES, Lucas dos Santos; CAMPOS; Angela Fernandes. Tendências de pesquisa sobre a resolução de problemas em química. Revista Eletrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 17, n. 3, p. 458-482, 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GONÇALVES, Susana Maria; MOSQUERA, Marcela Silva; SEGURA, Andrea Flavia. La resolución de problemas en ciencias naturales: un modelo de enseñanza alternativo y superador. Buenos Aires: SB, 2007.

GUIDOTTI, Charles dos Santos; HECKLER, Valmir. Investigação dialógica na sala de aula de ciências: etnopesquisa – formação com professores de ciências da natureza. Revista Contexto & Educação, Ijuí: Editora Unijuí, v. 36, n. 116, p. 143-162, 2021.

HONORATO, Maria Aparecida. A problematização e o ensino de ciências naturais. 2009. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2009.

MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Revista Ciência & Educação, Bauru, v. 9, n. 2, p. 191-211, 2003.

MORAES, Roque.; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise textual discursiva. 2. ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2011. 224 p.

MUNFORD, Danusa; LIMA, Maria Emília Caixeta de Castro. Ensinar ciências por investigação: o que estamos de acordo? Revista Ensaio, v. 9, n. 1, p. 72-89, 2007.

OLIVEIRA, André Luis. Um estudo sobre a formação inicial e continuada de professores de Ciências: o ensino por investigação na construção do profissional reflexivo. 2013. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Exatas, Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática, 2013.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais – Ciências. Curitiba: SEED, 2008.

PIMENTA, Selma Garrido. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (org.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2005. p. 17-52.

PIVATTO, Wanderley Brum. Os conhecimentos prévios dos estudantes como ponto referencial para o planejamento de aulas de matemática: análise de uma atividade para o estudo de geometria esférica. Revista Revemat, v. 9, n. 1, p. 43-57, 2014.

POLINARSKI, Celso Aparecido; TOBALDINI, Barbara Grace; OLIVEIRA, André Luis de; FERRAZ, Daniela Frigo; MEGLHIORATTI, Fernanda Aparecida; OLIVEIRA, Juliana Moreira Prudente de; JUSTIINA, Lourdes Aparecida Della. Uma proposta para o ensino de ciências e biologia por investigação. In: RIBEIRO, Dulcyene Maria; SCHROEDER, Tania Maria Rechia (org.). Percursos formativos no Pibid: propostas didáticas. Porto Alegre: Evangraf; Unioeste, 2014.

RODRIGUES, Bruno; BORGES, Antonio Tarciso. O ensino de ciências por investigação: reconstrução histórica. 2008. Disponível em: T0141-1 (botanicaonline.com.br). Acesso em: 6 fev. 2021.

ROSITO, Berenice Alvares. O ensino de ciências e a experimentação. In: MORAES, Roque (org.). Construtivismo e ensino de ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. Porto Alegre: Editora PUCRS, 2008.

SANTANA, Ronaldo dos Santos; CAPECCHI, Marida Candida Varoni de Morais; FRANZOLIN, Fernanda. O ensino de ciências por investigação nos anos iniciais: possibilidades na implementação de atividades investigativas. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias. v. 17, n. 3, p. 686-710, 2018.

SASSERON, Lucia Helena. Interações discursivas e investigação em sala de aula: o papel do professor. In: CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org.). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2016.

SCARPA, Daniela Lopes; SILVA, Maíra Batistoni. A biologia e o ensino de ciências por investigação: dificuldades e possibilidades. In: CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org.). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2016.

SCHÖN, Donald. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.

VIGOTSKI, Lev Semyonovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

ZÔMPERO, Andreia Freitas; LABURÚ, Carlos Eduardo. Atividades investigativas no ensino de ciências: aspectos históricos e diferentes abordagens. Revista Ensaio, v. 13, n.3, p. 67-80, 2011.

Downloads

Publicado

2023-08-24

Como Citar

Machado de Oliveira, C., & de Oliveira, A. L. (2023). As concepções e os desafios dos licenciandos em ciências biológicas participantes do PIBID sobre a etapa de problematização no ensino de ciências por investigação. Revista Contexto &Amp; Educação, 38(120), e12180. https://doi.org/10.21527/2179-1309.2023.120.12180

Edição

Seção

Práticas Educativas: metodologias e saberes