Cineclube das crianças quilombolas: Espaço de participação e diálogo
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2024.121.14338Palavras-chave:
Cinema, Cineclube, Crianças quilombolasResumo
Distanciando-se da visão didatizante do cinema na escola, as atividades cineclubistas ampliam o repertório cultural, fomentam reflexões sobre o mundo e problematizam o pensar e fazer cinema. Durante as sessões, o direito do encontro e a liberdade de expressão mediam a participação dos estudantes, aqui, em particular, as crianças dos quilombos Gurugi e Ipiranga, situados no Conde-PB, os quais são participantes do Cineclube da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental José Albino Pimentel. Ao investigarmos o projeto de cinema, desenvolvido nesta unidade, questionamos: como se configurou a relação das crianças com esse artefato? Ancorados nesse questionamento, objetivamos analisar a participação de crianças quilombolas no Cineclube escolar. O desenho metodológico se estruturou em torno de estudos qualitativos, realizados por meio de pesquisa documental e exploratória. Para a leitura dos dados, fizemos uso da técnica de análise de conteúdo de Laurence Bardin (2009). Os achados revelaram que as crianças participaram das atividades cineclubistas ocupando a centralidade. O Cineclube se constitui, nesta experiência, como espaço de diálogo, prazer e fomento à produção audiovisual de autoria.
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