EDUCAÇÃO POPULAR E REFERÊNCIAS FORMATIVAS: ELOS QUE ENRAÍZAM O PROJETO EDUCATIVO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2017.101.52-80Resumo
O texto discorre sobre a relação das referências formativas da Educação Popular e a produção de um projeto educativo dos Movimentos Sociais Populares na Educação do Campo como política pública. Compreende que a Educação Popular se constitui entre as disputas por um projeto de sociedade, nas lutas do povo pobre e trabalhador, com uma ética próxima dos sujeitos, de sua cultura, seus modos de ser e expressar-se. Pelas referências formativas produzem-se elos com as lutas que constituíram o campesinato, a educação formal e a escola pública, que alcançam também a escola. Nos anos 1990, a materialidade do campo satura-se pelo projeto histórico-político dos Movimentos Sociais Populares do Campo e constitui-se um projeto educativo. Feito concretude em Escolas Públicas de Acampamentos e Assentamentos, por uma década, aprofunda-se na Escola dos Movimentos Sociais Populares do Campo, em 1989. Dali se produz potencialidade que, politicamente passa a subverter a lógica da Educação Rural no país. Amplia-se então como educação e escola pública dos trabalhadores do campo, institucionalizando-se na Educação “do” Campo (1998-2010). Essa formulação é fundamental, pois legitima a “pedagogia do oprimido” – não é “para” e nem “no”, mas sim “do campo”. Representa uma síntese do plano educativo no projeto político de um grupo social. Pela primeira vez no país há uma legislação que incorpora as referências formativas da Educação Popular desenvolvidas no projeto histórico-político dos MSP, que passam a realizar-se como política pública, e a disputar projetos de educação e sociedade.Downloads
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