SABERES DIVERSIFICADOS NO DESENVOLVIMENTO DE CURRICULO PARA FORMAÇÃO CIDADÃ
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2018.104.1-4Abstract
Os artigos do número 104 da revista Contexto & Educação articulam-se em torno de saberes diversificados no desenvolvimento de currículo para Formação Cidadã. Apesar de ser um tema recorrente, as abordagens aqui apresentadas trazem outras compreensões das tecnologias da informação, das ferramentas digitais, da educação à distância, da interdisciplinaridade, como possibilidades de desenvolver um currículo conceitualmente alicerçado, incluindo a educação em saúde e a formação docente, na busca de ampliar o processo formativo dos sujeitos
Fabiana Diniz Kurtz e Denilson Rodrigues da Silva, em Tecnologias de informação e comunicação (tic) como ferramentas cognitivas na formação de professores, propõem um arcabouço teórico e conceitual acerca da integração entre TIC e formação docente, tendo o pensamento computacional como eixo articulador dos processos educacionais.
No artigo A aplicabilidade das ferramentas digitais da web 2.0 no processo de ensino e aprendizagem, Marcia Gorett Ribeiro GROSSI, Flávio Cançado Murta e Mislene Dalida Silva sugerem que as tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) têm modificado significativamente a maneira de educar e de aprender. Para compreender essa questão, analisaram as principais ferramentas digitais da web 2.0, que podem ser utilizadas como recursos pedagógicos nos processos de ensino e aprendizagem, mostrando novas possibilidades de interação.
César Costa Machado e Débora Pereira Laurino, em Experiências em Moçambique e no Brasil: correlações na gestão do ensino mediado pelas tecnologias digitais, problematizam e refletem sobre os discursos coletivos em torno do ensino mediado pelas tecnologias digitais, particularidades no processo de ensinar e aprender e os possíveis rearranjos administrativos para atender as necessidades dos estudantes e docentes.
No artigo Jogos de simulação como propulsores de reflexões docentes: a importância de oficinas pedagógicas na formação inicial, Eduarda Tais Breunig e Andréa Inês Goldschmidt apresentam um estudo sobre a compreensão do conceito de jogos didáticos de simulação por alunos em formação docente, com ênfase na ampliação da discussão sobre essa questão na formação inicial, com o argumento de que a universidade estará contribuindo para a melhoria do ensino em ciências na educação básica.
Francisco Regis Vieira Alves, no artigo Mestrado (acadêmico) em ensino de ciências e matemática: a proposta do instituto federal do Ceará (IFCE), aborda o processo de concepção e construção de uma proposta de Mestrado Acadêmico (MA), do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PGECM) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Um movimento de constituição da pesquisa acadêmica, na área, demarca um perfil de formação, com influência na vertente francesa da Didática das Ciências e Matemática, promovendo reflexões substantivas.
Janaína Pretto Carlesso e Luiz Caldeira Brant De Tolentino-Neto, no artigo As contribuições de um planejamento interdisciplinar com temáticas de ciências no desempenho de alunos com dificuldades de aprendizagem, evidenciam as etapas e as preocupações a serem desenvolvidas para superá-las.
No texto A religação dos saberes a partir da série COSMOS de CARL SAGAN, escrito por Celso José Martinazzo, Tailur Mousquer Martins e Sidinei Pithan da Silva analisaram a série Cosmos, de Carl Sagan, no final da década de 70, conforme o pensamento de Edgar Morin. Propõem, então, refletir sobre as possibilidades de uma educação criativa com base nas inovações científicas e tecnológicas apresentadas na série.
Adriana Olmos da Rocha e Tania Denise Miskinis Salgado, no artigo Uma visão sobre como se organiza o ensino médio em classes multisseriadas em uma escola Guarani na região metropolitana de Porto Alegre, discutem as orientações dos documentos oficiais sobre educação indígena e sua implantação numa escola, situada em uma aldeia Guarani. Demonstram que não há diretrizes curriculares específicas para a educação indígena, no ensino médio, daí a necessidade de novos estudos e planejamentos.
Viviane Maria Rauth e Orliney Maciel Guimarães, em Implicações do programa ensino médio inovador no ensino de ciências da natureza na rede estadual de ensino de Curitiba/PR, buscam compreender as propostas desse programa discutindo suas implicações, considerando o macrocampo da Iniciação Científica e Pesquisa.
No artigo A educação escolar e a geografia como possibilidades de formação para a cidadania, Alana Rigo Deon e Helena Copetti Callai partem do princípio de que a escola de qualidade, pautada no conhecimento, é condição e desafio para a formação cidadã, em que o ensino de Geografia se constitui em um dos fundamentos.
O artigo Reflexões sobre o domínio do pensamento teórico na organização dos conteúdos escolares com base em Vasily Davydov, de Eliana Cláudia Graciliano e Silvia Pereira Gonzaga de Moraes, mostra que a escola tem por especificidade o trabalho com conteúdos científicos. Refletem sobre como os conteúdos escolares podem ser organizados pelos professores de modo que ocorra o domínio do pensamento teórico, nos estudantes, tomando por base a Teoria Histórico-Cultural, em particular o texto “O que é a atividade de ensino-aprendizagem” de Davydov.
Marinina Gruska Benevides, Rosendo Freitas de Amorim e Ernny Coelho Rego, no artigo Educação em direitos humanos e ensino superior: uma análise do currículo e da formação docente nas Licenciaturas do Instituto Federal do Ceará, analisam como os Projetos Políticos Pedagógicos - PPCs dos cursos de Licenciatura do Instituto Federal de Educação– IFCE têm contemplado a Educação em Direitos Humanos – EDH, na formação dos alunos do ensino superior.
No artigo O movimento escola sem partido (ESP) e a criminalização ideológica na educação brasileira contemporânea, Celso Gabatz afirma que este movimento trata de uma educação com a finalidade de atender aos interesses de quem vislumbra a formação humana em função da lógica do mercado e que amplia mecanismos de controle e padronização de práticas educativas.
Caroline Vargas Peres, Simone Lara, Jaqueline Copetti, Karoline Goulart Lanes e Max Castelhano Soares, no artigo Percepção de estudantes sobre saúde, alimentação e atividade física após intervenção com a metodologia da problematização, abordam, a partir da experiência com alunos do 7º ano, a eficácia da Metodologia da Problematização (MP) no ensino de temas em saúde.
No artigo Alimentação saudável: contribuições de uma sequência didática interativa para o ensino de ciências nos anos iniciais, as autoras Rosemar de Fátima Vestena, Greice Scremin e Giséli Duarte Bastos analisam a adequação de uma Sequência Didática Interativa (SDI), que explorou a temática da alimentação saudável, às competências específicas para as Ciências da Natureza (CN) propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e aos Conteúdos Conceituais, Procedimentais e Atitudinais (ZABALA, 1998) adaptados às particularidades das CN.
Os autores João Paulo Baliscei, Vinícius Stein e Daniele Luzia Flach Alvares, no artigo, Image watching e a abordagem triangular: reflexões sobre as imagens da arte no ensino fundamental, discutem a Arte como componente curricular obrigatório, no Ensino Fundamental, e na formação de professores/as, a partir de propostas específicas.
Silvio Rogério Martins, Gabriele de Sousa Lins Mutti, Felipe José Rezende de Carvalho e Tiago Emanuel Klüber, em Grupos de estudos em contextos de formação de professores em modelagem matemática: o sentido atribuído por professores a partir de artigos publicados buscam compreender o que os artigos, disponibilizados no Google Acadêmico e Portal da CAPES, discutem sobre a Formação de Professores em Modelagem Matemática, na Educação Matemática, na constituição dos grupos de estudos.
As diversas abordagens sugerem novas questões que s reflexões teóricas e práticas da importância dos diferentes saberes para a formação cidadã no desenvolvimento do currículo.
Boa leitura!
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