A tristeza na visão dos adolescentes: Um diálogo com o campo da educação emocional
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2023.120.13116Palabras clave:
Tristeza; Educação Emocional; Escola; Adolescente.Resumen
O artigo tem como referência dados coletados para uma pesquisa sobre Emoções na Escola, cujo objetivo foi identificar os elementos desencadeadores de diferentes emoções e seus impactos em termos educativos, na percepção dos adolescentes. O presente trabalho é um recorte daquela investigação e busca analisar, sob a ótica da Educação Emocional, os eventos que ocasionam a emergência da tristeza em adolescentes. Esta pesquisa adere à abordagem qualitativa e foi realizada por meio de um roteiro de entrevista semiestruturada, denominado diário das emoções, com 526 estudantes matriculados no Ensino Fundamental II da Educação Básica, que frequentam do 6º ao 9º ano da escola pública da rede municipal de ensino. Os resultados indicam que a emoção da tristeza é recorrente em estudantes adolescentes e é desencadeada a partir de fatores, como conflitos familiares, não reconhecimento por parte de pessoas próximas, solidão, agressão física, medo da morte, perdas familiares, problemas escolares, bullying. Os dados apontam a estrutura familiar como essencial no processo de regulação emocional, a necessidade dos adolescentes em desfrutarem de um ambiente seguro e o bem-estar relacionado ao sentimento de proteção oferecido pelos pais.
Palavras-chave: Tristeza; Educação Emocional; Escola; Adolescente.
Citas
ARÁNDIGA, António Válles e TORTOSA, Consol Válles. Inteligência Emocional: Aplicaciones Educativas. Valencia: Editorial Promolibro, 2013.
ARRUDA, Beatriz Bettencourt. Emoções e perturbação emocional: reconhecimento de expressões faciais. 2015. 107 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2015.
BANDEIRA, Cláudia de Moraes; HUTZ, Claudio Simon. As implicações do bullying na autoestima de adolescentes. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 14, n. 1, p.131-138, jan/jun, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pee/a/TKNR4MjrdTf5Mb3kzNFhxZg/?lang=pt. Acesso em: 20 jun. 2020.
BENINCASA, Miria. REZENDE, Manuel Morgado. Tristeza e suicídio entre adolescentes: fatores de risco e proteção. Boletim de psicologia, São Paulo, v. 56, n. 124, p. 93-110, jun, 2006. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-59432006000100007. Acesso em: 14 set 2020.
BISQUERRA, Rafael Alzina. Psicopegagogía de las emociones. Madrid: Sínteses, 2009.
BISQUERRA, Rafael Alzina. Prevención del acoso escolar con Educación Emocional. Bilbao: Editorial Desclée de Brouwer, 2014.
BISQUERRA, Rafael Alzina; GONZÁLEZ, Juan Carlos Pérez; NAVARRO, Esther García. Inteligencia Emocional en Educación. Madrid: Sintesis, 2015.
CASASSUS, Juan. Fundamentos da Educação Emocional. Brasília: UNESCO, Liber Livros Editora, 2009.
CARDOSO, Paulo; RODRIGUES, Conceição; VILAR, Anita. Prevalência de sintomas depressivos em adolescentes portugueses. Aná Psicológica, Lisboa, v. 22, n. 4, p. 667-75, out. 2004. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/262632348_Prevalencia_de_sintomas_depressivos_em_adolescentes_portugueses. Acesso em: 13 maio 2021.
CRESWELL, John. Investigação Qualitativa e Projeto de Pesquisa. Porto Alegre: Penso, 2014.
DUARTE, Tamara Elen; BRITO, Bruna Franco Leite; REIS, Aline Henriques. Parents Dealing with the Expression of Sadness by their Children. Psico USF, Itatiba, v.21, n.1, jan./apr. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pusf/a/MNr5BnpYg7gtj8QyPtBBwSb/?lang=en. Acesso em: 13 jul. 2020.
FERNÁNDEZ-ABASCAL, Enrique Garcia et al. Psicología de la emoción. Madrid: Editorial Ramón Areces, 2015.
FREITAS-MAGALHÃES, Armindo. O código de Ekman: o cérebro, a face e a emoção. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa, 2011.
JUNIOR, Antônio Paulino de Oliveira; MIGUEL, José Carlos. A atividade de estudo como um processo propulsor do desenvolvimento psíquico. Revista Contexto e Educação, v. 35, n. 110, p. 33-48, jan./abr.2020. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/8607. Acesso em: 14 maio 2021.
LOPES NETO, Aramis. Bullying: comportamento agressivo entre estudantes. Jornal de Pediatria, São Paulo, v. 81, n. 5(Supl), 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jped/a/gvDCjhggsGZCjttLZBZYtVq/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 15 maio 2021.
MARTÍNEZ, Angela Cuervo; BOUQUET, Romina Izzedin. Tristeza, Depresíon y Estrategias de autorregulacíon en Niños. Tesis psicológica, Bogotá, n.02, p. 32-47, 2007. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/1390/139012670004.pdf. Acesso em: 15 ago. 2021.
MARTINS, José Maria. A lógica das emoções na ciência e na vida. Petrópolis: Editora Vozes, 2004.
NAVAS, José Miguel Mestre; BOZAL, Rocío. La Regulación de las Emociones. Madrid: Ediciones Pirámide, 2012.
PASQUALINI, Diana; LLORENS, Alfredo. Salud y Bienestar de Adolescentes y Jóvenes: una Mirada integral. Buenos Aires: Organización Panamericana de la Salud - OPS, 2010.
POSSEBON, Elisa Pereira Gonsalves. O universo das emoções: uma introdução. João Pessoa: Libellus, 2017.
POSSEBON, Elisa Pereira Gonsalves. Raiva, agressão e educação: um diálogo necessário. Revista Unisinos, v. 23, n.1, p.1-15, jan./mar. 2019. Disponível em: http://revistas.unisinos.br/index.php/educacao/article/view/edu.2019.231.10. Acesso em: 15 fev. 2020.
PRATTA, Elisângela Maria Machado; SANTOS, Manoel Antonio dos. Família e adolescência: a influência do contexto familiar no desenvolvimento psicológico de seus membros. Psicologia em Estudo, v. 12, n. 2, p. 247-256, mai./ago. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pe/a/3sGdvzqtVmGB3nMgCQDVBgL/abstract/?lang=pt. Acesso em: 15 out. 2021.
RESENDE, Catarina; SANTOS, Elisabete; SANTOS, Paulo; FERRÃO, Alzira. Depressão nos adolescentes: mito ou realidade? Nascer e Crescer, Porto, v.22, n.3, p. 33-45, set. 2013. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/262554998_Depressao_nos_adolescentes_mito_ou_realidade. Acesso em: 10 mar. 2020.
RETANA-FRANCO, Blanca Estela e SANCHÉZ-ARAGÓN, Rozzana. Rastreando en el pasado... formas de regular la felicidad, la tristeza, el amor, el enojo y el miedo. Universitas Psychologica, v. 9, n.1, p. 1-18, 2010. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=64712156015. Acesso em: 15 maio 2021.
STAKE, Robert. Pesquisa Qualitativa – estudando como as coisas funcionam. Porto Alegre: Penso, 2011.
STENGEL, Márcia. O exercício da autoridade em famílias com filhos adolescentes. Psicologia em Revista, v. 17, n. 13, p. 502-521, dez. 2011. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1677-11682011000300011&script=sci_abstract Acesso em: 13 jul. 2020.
STRAUSS, Anselm.; CORBIN, Juliet. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. Porto Alegre: Artmed, 2008.
VALLÉS, Antonio. Programa PIECE. Programa de inteligência emocional para la convivência escolar. Madrid. EOS, 2007.
WAGNER, Adriana; FALCKE, Denise; SILVEIRA, Luiza Maria Braga de Oliveira; MOSMANN, Clarisse Pereira. A comunicação em famílias com filhos adolescentes; Psicologia em Estudo; v.7; n.1, p.75-80, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pe/a/4kFxyB39zhMkgZKq4wg8jLQ/abstract/?lang=pt. Acesso em: 15 fev. 2021.
ZANON, Lenir Basso; FRISON, Marli Dallagnol. Educação escolar e desenvolvimento psíquico humano. Revista Contexto e Educação, v. 35, n. 110, p. 5-8, jan./abr.2020. Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/ted/n41/0121-3814-ted-41-00197.pdf. Acesso em: 13 set. 2020.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Revista Contexto & Educação
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).