O uso da linguagem escrita como representação do pensamento: trajetórias infantis

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.21527/2179-1309.2024.121.13750

Palabras clave:

significação, sentido, contexto

Resumen

O estudo apresentado neste artigo teve como objetivo compreender como a criança usa a linguagem escrita para representar o pensamento. Nessa perspectiva, foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo, do tipo pesquisa-ação. Os sujeitos da pesquisa foram 20 crianças matriculadas em uma escola da rede pública municipal de Cândido Godói-RS, acompanhadas no período entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro semestre de 2022, que abrange o final da Educação Infantil e o início do 1º ano do Ensino Fundamental. A interpretação dos dados, realizada por meio da Análise Textual Discursiva, teve apoio teórico em autores da perspectiva histórico-cultural. Resultados indicam que a linguagem escrita é permeada por significações sociais, e que a criança, na busca pela apropriação dessas significações, coloca-se num contínuo movimento de produção de sentidos. Os resultados também apontam que, a partir das suas escritas espontâneas, a criança busca se fazer entender pelo outro, utilizando a linguagem escrita como forma de expressão dos seus pensamentos.

Citas

BATISTA, Tailine Penedo. O Diário de Bordo: uma forma de refletir sobre a prática pedagógica. Revista Insignare Scientia - RIS, v. 2, n. 3, p. 287-293, 21 nov. 2019. DOI: https://doi.org/10.36661/2595-4520.2019v2i3.11209

BORTOLOZO, Célia Regina Fialho. Práticas discursivas colaborativas: possibilidades (des)envolventes para a alfabetização na educação infantil. 2022. Tese (Doutorado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica – PUC, Campinas, 2022.

BRAGA, Elizabeth dos Santos. Tensões eu/outro: na memória, no sujeito, na escola. In: SMOLKA, Ana Luiza Bustamante; NOGUEIRA, Ana Lúcia Horta (org.). Questões de desenvolvimento humano: práticas e sentidos. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010. p. 151-170.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. Trata sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa em ciências humanas e sociais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 maio 2016. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf. Acesso em: 11 nov. 2022.

CAMPANA, Carla. Para que serve ler e escrever? Para quem serve ler e escrever? Uma investigação sobre a constituição de sentidos da leitura e da escrita. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação: Psicologia da Educação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC, São Paulo, 2015.

CORRÊA, Giovana Camila Garcia; CAMPOS, Isabel Cristina Pires de; ALMAGRO, Ricardo Campanha. Pesquisa-ação: uma abordagem prática de pesquisa qualitativa. Ensaios Pedagógicos, Sorocaba, v. 2, n. 1, p. 62-72, jan./abr. 2018. Disponível em: http://www.ensaiospedagogicos.ufscar.br/index.php/ENP/article/view/60/89. Acesso em: 2 ago. 2021.

FALABELO, Raimundo Nonato de Oliveira. Afetividade e conhecimento na prática de sala de aula. Revista Signos, Lajeado, v. 42, n. 2, p. 196-211, 2021. Disponível em: http://univates.br/revistas/index.php/signos/article/view/2962. Acesso em: 2 dez. 2021.

FONTANA, Roseli Ap. Cação. Mediação pedagógica na sala de aula. 4. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

GOÉS, Maria Cecília Rafael de. A criança e a escrita: explorando a dimensão reflexiva do ato de escrever. In: SMOLKA, Ana Luiza; GOÉS, Maria Cecília Rafael de. (orgs.) A linguagem e o outro no espaço escolar: Vygotsky e a construção do conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1993. p. 101-120.

GONZÁLEZ, Fredy Enrique. Reflexões sobre alguns conceitos da pesquisa qualitativa. Revista Pesquisa Qualitativa, São Paulo, SP, v. 8, n. 17, p. 155-183, ago. 2020.

LANZA, Paula Moreira Martins de Oliveira. A mediação pedagógica na escrita inventada com crianças de cinco anos. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, 2018.

LEONTIEV, Alexis. O desenvolvimento do Psiquismo. 2. ed. São Paulo: Centauro, 2004.

LINHARES, Renata; FACCI, Marilda Gonçalves Dias. O desenvolvimento das funções psíquicas superiores: rompendo com a dicotomia entre o natural e o Histórico-Cultural. In: FIBRIDA, Fabiola Gomes Batista; FACCI, Marilda Gonçalves Dias; BARROCO, Sonia Mari Shima (Org.). O desenvolvimento das funções psicológicas superiores na psicologia histórico-cultural: contribuições à psicologia e à educação. Uberlândia: Navegando Publicações, 2021. P. 29- 46. DOI: 10.29388/978-65-86678-97-0

MARTINEZ, Adriana Ofretorio de Oliveira Martin; MOURA, Anna Regina Lanner de. A produção de sentido pessoal para o exercício da docência no percurso formativo de uma estudante de pedagogia. Revista Contexto & Educação, Ijuí, Editora Unijuí. v. 35, n. 110, p. 105–122, jan./abr. 2020.

MARTINS, Lígia Márcia. A internalização de signos como intermediação entre a psicologia histórico-cultural e a pedagogia histórico-crítica. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, v. 7, n. 1, p. 44-57, 2015. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/135750/ISSN2175-5604-2015-07-01-44-57.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 25 set. 2022.

MOLINA, Rinaldo. A pesquisa-ação/investigação-ação no Brasil: mapeamento da produção (1966-2002) e os indicadores internos da pesquisa-ação colaborativa. 2007. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, 2007.

MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do C. Análise textual discursiva. 3. ed. rev. e ampl. Ijuí: Editora Unijuí, 2016.

NOGUEIRA, Ana Lúcia Horta. Eu leio, ele lê, nós lemos: processos de negociação na construção da leitura. In: SMOLKA, Ana Luiza B.; GOÉS, Maria Cecília R. de. (orgs.). A Linguagem e o outro no espaço escolar: Vygotsky e a construção do conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1997. p. 15-34.

PINO, Angel. A psicologia concreta de Vygotsky: implicações para a educação. In: PLACCO, Vera (org.). Psicologia e educação: revendo contribuições. São Paulo: EDUC/PAPESP, 2000. p. 33-62.

REGO, Teresa Cristina. Vygotski: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 25. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2012.

SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. Ensinar e significar: as relações de ensino em questão ou das (não)coincidências nas relações de ensino. In: SMOLKA, Ana Luiza Bustamante; NOGUEIRA, Ana Lúcia Horta (org.). Questões de desenvolvimento humano: práticas e sentidos. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010. p. 107-128.

SOUZA, Nathany Morais de; AZEVEDO, Micarla Silva de; ACCIOLY, Denise Cortez da Silva. Sentimentos e emoções: uma experiência no contexto da educação infantil. Revista Contexto & Educação, Ijuí, Editora Unijuí, v. 36, n. 115, p. 257-269, set/dez 2021.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

VITAL, Zilda Pereira dos Santos Neta. Concepções de professores dos anos iniciais do ensino fundamental sobre a relação entre a leitura e as funções psicológicas superiores. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste, Cascavel, 2018.

Publicado

2024-02-20

Cómo citar

Schreder, C., & Frison, M. D. (2024). O uso da linguagem escrita como representação do pensamento: trajetórias infantis. Revista Contexto &Amp; Educación, 39(121), e13750. https://doi.org/10.21527/2179-1309.2024.121.13750

Número

Sección

Interculturalidade e Educação