A condição da educação patrimonial na era do Snapchat
DOI:
https://doi.org/10.21527/2179-1309.2023.120.12166Palavras-chave:
Educação Patrimonial, Tempo, Sociedade, EducaçãoResumo
O presente ensaio assume o aplicativo de câmera Snapchat como uma alegoria ou figura de pensamento apropriada para caracterizar as relações sociais estabelecidas em nosso tempo, bem como, nossa relação com o tempo. A partir de um estudo conceitual, inspirado na Teoria Sociológica Contemporânea, examina a condição da educação patrimonial na “Era do Snapchat”. Para tal, a argumentação apresentada procura enfrentar, principalmente, duas questões: Como pensar o patrimônio cultural, quando os conteúdos culturais são autodestrutíveis? Como educar para a valorização de patrimônios, quando as imagens produzidas duram apenas 24 horas? A partir da análise, constatou-se que em sociedades onde vigora a individualização, verifica-se o declínio das memórias coletivas organizadas; a ampliação de museus e acervos privados, sem clara finalidade pública; a musealização de coleções privadas e o declínio de seus sentidos nacionais ou integradores. No caso específico de ações sociais promotoras de pautas patrimoniais, dentre estas a educação patrimonial, tendem a vigorar processos de individualização ou personalização das memórias e dos patrimônios culturais.
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