Modelos universitários na Argentina: da concepção reformista ao modelo massivo de educação superior

Resumo

O início do ensino superior na América Latina remonta aos primórdios da colonização, período que representou um marco significativo no desenvolvimento histórico e social do continente. Esse processo se insere no contexto da expansão colonial europeia, caracterizada por uma fase embrionária e expansiva dos domínios europeus e pelo florescimento do capitalismo mercantilista. O objetivo deste artigo é caracterizar os processos que influenciam a constituição de diferentes modelos universitários argentinos, a fim de elaborar uma síntese analítica que permita compreender como esses fatores se articulam com as concepções teóricas das universidades na região latino-americana. A abordagem qualitativa deste estudo é influenciada pela concepção da dependência histórico-estrutural das sociedades latino-americanas, fundamentada em pressupostos teóricos e metodológicos de uma perspectiva marxista. Por meio da especificação das dimensões econômica, política e social de cada momento, evidencia-se como certas condições históricas influenciaram a constituição de diferentes modelos universitários argentinos. Isso, por sua vez, permitiu a elaboração de uma síntese analítica para compreender como esses fatores se apresentam no âmbito das concepções éticas e políticas das universidades na região latino-americana.